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Guedes presta contas

Guedes revela que teto de gastos é para colocar governo na linha

Principal ministro do governo golpista presta contas ao capital financeiro afirmando que nada vai mudar no entreguismo brasileiro

Ao participar de uma conferência promovida pelo Milken Institute, organização de extrema-direita fundada por um picareta da área de finanças preso nos EUA por fraude, o ministro da Economia, Paulo Guedes, sentindo-se em casa, falou na terça-feira, 20/10, para representantes do capital financeiro internacional, chamado de “investidores”. Disse tudo o que pensa e, que por sinal, é o que os tais “investidores” queriam ouvir.

Foi direto sobre frear a vontade do presidente golpista Bolsonaro em promover medidas que ameacem o fluxo de dinheiro direto do orçamento público para o bolso dos banqueiros e rentistas. “Ele quer ser herói, mas nosso papel é segurá-lo abaixo do teto de gastos”, disse. “É por isso que saí brigando com meus colegas [de governo], não há hipótese de abandonarmos essa agenda.” (G1, 20/10/20)

Prometeu retomar as “reformas” em 2021. Esse é o recado mais importante que queria dar ao imperialismo. Ano que vem quer voltar a carga na destruição do Estado e suas políticas sociais, na privatização selvagem e sem-vergonha, na penalização das classes trabalhadoras com mais impostos e menos direitos. Prometeu que para os ricos não haverá mais impostos, seguindo o receituário norte-americano. “O que faremos é deixar o sistema parecido com o dos Estados Unidos: mais impostos nos dividendos e menos para empresas”, afirmou.

O teto dos gastos que o capital financeiro tanto quer manter e que é o papel principal de Guedes na limitação das ações de seus colegas de ministério, é uma emenda constitucional, também conhecido por PEC da Morte, instituída no governo do golpista Michel Temer e que deu o tom de todas as demais medidas legislativas levadas adiante por aqueles que participaram do golpe de 2016. É uma medida que impôs ao país, por um prazo de 20 anos, um regime de contenção de gastos públicos, especialmente voltado a aniquilar as políticas educacionais, as políticas de saúde pública (particularmente o SUS) e as ações de transferência de renda aos mais pobres (Bolsa Família). O teto dos gastos é uma forma de impedir reajustes salariais ao funcionalismo público, e a forma mais eficaz que os golpistas encontraram para garantir o pagamento dos juros das dívidas públicas.

No mesmo tom da PEC da Morte, vieram a reforma trabalhista, a reforma da previdência e várias outras ações que destruíram direitos conquistados pelos trabalhadores durante décadas de lutas. Vieram também uma série de leis que favoreceram as privatizações de áreas fundamentais do Estado e que comprometeram a capacidade de investimento da economia brasileira.

Para evitar que o teto de gastos, a coluna de sustentação de uma série de garantias ao capital financeiro , seja rompido, o ministro Paulo Guedes tem feito todo tipo de arranjo político e usado de ameaças junto ao governo do qual ele diz ser o principal fiador junto ao imperialismo.

Essas conferências não têm o sentido de atrair capitais ou garantir acordos, são tão somente meios de sinalizar que os governantes de determinado país atrasado e subalterno continuam a cumprir as ordens e fazer a propaganda hipócrita que sempre fazem. As decisões de investimento e de aplicação de recursos são feitas a partir de outros parâmetros e cálculos.

Por falar em hipocrisia. Na conferência de prestação de contas Paulo Guedes comentou a política de incentivo de queimadas e destruição da Amazônia e Pantanal. Segundo o ministro, o Brasil é “mal interpretado” nessa questão, reforçando que o país tem as “matrizes energéticas mais verdes do mundo” e que “ninguém é mais generoso com a população nativa” do que o Brasil. (Brasil 247, 20/10/20). O sujeito quer ganhar o prêmio de o mais sabujo de todos os vira-latas.

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