Em maio, foi noticiado que o Ministério da Economia, comandado pelo “Chicago Boy”, Paulo Guedes, impediu o repasse de 45 milhões de dólares feito pela ONU para os Estados do Maranhão e Ceará.
Os recursos foram disponibilizados pelo Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola das Nações Unidas (Ifad) mas a Comissão de Financiamento Externo do Ministério da Economia (Cofiex) não os aprovou.
Esse programa da ONU atende 100 mil famílias, como as de pequenos agricultores e de comunidades indígenas e quilombolas, que deixarão de receber os recursos destinados à instalação de cisternas, por exemplo.
Dos 45 milhões de dólares barrados pelo Cofiex, 25 milhões iriam para o estado do Ceará e os outros 20 milhões para o estado do Maranhão. No Ceará, o montante seria utilizado para financiar o projeto Paulo Freire que, em parceria com o Ifad, busca reduzir a pobreza e aumentar o nível de vida de agricultores familiares. No estado, trabalhadores dessa categoria vivem em pobreza extrema em pelo menos 31 municípios e 600 comunidades rurais.
O governo Bolsonaro está em estado de guerra permanente contra todo o povo e, logicamente, a mais afetada é sempre a população mais pobre, como a do Nordeste. Por um lado, por ser ele mesmo um fascista, age sempre para boicotar a esquerda, como é o caso dos governos de Maranhão (Flávio Dino, PCdoB) e Ceará (Camilo Santana, PT), mesmo que esta busque a todo o momento uma conciliação com o governo ilegítimo.
Por outro lado, o Nordeste é a região mais atrasada do País e necessita de investimentos para se desenvolver minimamente. Mas um governo neoliberal é o exato oposto do desenvolvimento: é um serviçal dos interesses imperialistas para facilitar a pilhagem de todos os recursos econômicos e naturais do Brasil pelos grandes monopólios capitalistas.
A esquerda pequeno-burguesa quer esperar até 2022 para derrotar Bolsonaro nas eleições, controladas pelos golpistas. Esquece-se que Bolsonaro subiu ao poder através de eleições, controladas pelos golpistas. Não quer derrubar Bolsonaro agora. Mas, do jeito que está destruindo o Brasil, o povo do Nordeste e de todo o País não vai aguentar até 2022, porque até lá pode ser que não sobre mais nada.
É preciso mobilizar a população e organizar a revolta popular para derrubar Bolsonaro imediatamente.