Em reunião ministerial em abril com todos os ministros do governo de Bolsonaro, incluindo o presidente do Banco do Brasil e da Caixa Econômica, Paulo Guedes, defendeu que é necessário o governo federal “vender logo essa porra BB”, referiu-se ao Banco do Brasil. Assim informou em sua coluna da “Bela Megale”, do jornal O Globo, nessa sexta-feira (15).
O ministro criticou o banco público e disse que está muito atrás dos bancos privados, afirmando que a instituição está em atraso na corrida tecnológica. Para Guedes, ministério da Economia tem medidas para fornecer créditos às instituições, porém não tem chegado às empresas capitalistas.
De acordo com a coluna, ministro Guedes, afirmou que o BB “deveria puxar a fila” por ter mais acionistas. Porém após a reunião, Guedes, mudou o discurso em nota e disse que o governo federal não está interessado em vender as empresas estatais (Banco do Brasil, Caixa e Petrobrás). Essa nota do ministro de voltar atrás de sua decisão de que é preciso privatizar o BB, é uma política de morde e assopra método tradicional da burguesia. A Conselheira de Administração Representante dos Funcionários (Caref) do BB, Débora Fonseca, disse que a declaração do ministro não surpreende.
“Desde o primeiro dia que pisou no ministério, Paulo Guedes demonstra a intenção de atacar a imagem do Banco do Brasil. Escolheu um presidente para o banco com indicações claras de diminuir o papel e a importância da instituição para a sociedade, com projetos de fatiamento com vistas privatização”, afirmou a Conselheira.
“Os ataques são uma tentativa de convencer a sociedade de que o absurdo da privatização faz algum sentido. Uma tentativa de criar a narrativa fantasiosa de que o BB é ineficaz ou desimportante, sendo que absolutamente tudo mostra que ele está errado, já que o banco é extremamente lucrativo, cumpre um papel social imprescindível ao conceder crédito mais acessível e que, neste momento de pandemia, seus funcionários mostram ainda mais empenho e capacidade de entrega, e o quanto podem causar de mudança na vida dos brasileiros”, afirmou Débora.
O ministro quer aproveitar a crise sanitária provocada pelo Covid-19 para impulsionar ainda mais os setores privados, atacar as empresas estatais privatizando tudo e entregando aos monopólios internacionais. O fato é que, no Banco do Brasil, o processo de privatização já está caminhando a largos passos.
É necessário uma política de enfrentamento e se contrapor ao ataque ofensivo dos setores privados a serviço dos interesses dos grandes capitalistas. Os trabalhadores da categoria e toda população precisa organizar uma ampla campanha de mobilização em defesa do Banco do Brasil e demais empresas estatais, nenhuma privatização, exigindo o cancelamento das que já foram privatizadas, trabalhadores devem controlar estatais, vincular todas essas medidas com o “Fora Bolsonaro”.