Após a eleição de Jair Bolsonaro e as atrocidades que vem sendo cometidas pelo seu governo, com políticas completamente fascistas contra os trabalhadores, um setor mais "moderado" do bloco golpista nunca escondeu suas divergências com o regime, que seria o famoso "centrão", que apareceu como sendo aqueles que iriam compor a frente ampla com os trabalhadores e os setores populares contra o governo. Os ataques aos trabalhadores acontecem em constante escalada, onde direitos básicos estão sendo cada vez mais aniquilados e restringidos, fazendo assim com que os trabalhadores paguem pelas crises causadas pela burguesia, principalmente no atual momento com a pandemia do Coronavírus e a recessão econômica. Mas, o que não está sendo posto aos trabalhadores, é que os ataques cometidos á classe operária não são exclusividade de Bolsonaro e seu governo, e não começaram agora, tudo isso é fruto também das políticas da frente ampla dentro do congresso e também do governo golpista de Michel Temer. A reforma trabalhista, a privatização da água, e as reformas propostas pelo governo Bolsonaro como a reforma administrativa, previdenciária, os cortes no auxílio emergencial, no bolsa família entre outros ataques foram propostos e aprovados também por essa frente ampla que seria a salvação dos trabalhadores contra o governo Bolsonaro, segundo alguns setores da esquerda pequeno burguesa. O que é preciso deixar claro é que apesar de algumas divergências dentro da burguesia, tanto Bolsonaro e seu governo quanto a frente ampla de Rodrigo Maia e outros golpistas estão em comum acordo quando se trata de implementar políticas nocivas contra os trabalhadores. A busca de uma frente ampla com setores golpistas para derrubada do governo é um tanto ingenua quanto desonesta com os trabalhadores, pois os setores que compõem a frente ampla não estão interessados na derrubada de Bolsonaro, mas sim que ele aja de forma moderada para evitar as mobilizações populares e que seu governo se mantenha até 2022, para que outras políticas que atacam os trabalhadores sejam colocadas em prática num grande acordo entre governo e golpistas. E isso também parte de Bolsonaro, que recentemente entrou em conflito com um dos seus maiores aliados dentro dos ministérios, no caso o Ministro da Economia Paulo Guedes, em que não houve um acordo sobre o programa Renda Brasil, onde o próprio governo admitiu que agora as decisões serão tomadas em conjunto com o centrão e não serão decisões exclusivas dos ministros. É preciso denunciar e combater o caráter golpista da frente ampla e de manutenção do regime tanto por aqueles que a defendem a como solução para os trabalhadores contra Bolsonaro quanto por aqueles que a compõem, que utilizam de suas divergências com o governo para enganar o povo. A solução para todas as mazelas vindas com o golpe para com os trabalhadores só será combatida em uma frente única e uma mobilização de esquerda junto com os trabalhadores e todos os setores populares que realmente querem e lutam pelo Fora Bolsonaro.