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Mar de lama

Guaidó se autoproclamou presidente para roubar a Venezuela

Autoproclamado presidente e seus comparsas organizam grande esquema de roubo a ativos da estatal do petróleo venezuelano.

O autoproclamado presidente da Venezuela, Juan Guaidó, é alvo de mais nova denúncia. Desta vez, o golpista a serviço dos Estados Unidos e seus comparsas são acusados de manobras ilegais para roubar as riquezas da Venezuela em solo estrangeiro.

Dois empresários venezuelanos em Miami, Jorge Reyes e Pedro Antar, que possuem uma empresa especializada em “recuperações” de ativos, a Caribbean Recovery Assets (CRA), denunciaram uma proposta de extorsão feita por membros da equipe de Guaidó.

Reyes e Antar apresentaram, ao autoproclamado governo venezuelano, um plano para “recuperar” 40 bilhões de dólares americanos pertencentes a empresa petrolífera venezuelana (PDVSA) em todo Caribe. São ações em companhias, carros de luxo, imóveis, contas a receber e outros.

Os tiveram diversas reuniões com a equipe de Guaidó e, em uma delas, receberam uma carta redigida à mão exigindo um “adiantamento” de US$750.000 a ser pago a uma empresa sediada no estado da Flórida que, segundo informações estaduais, pertence a um dos lacaios de Guaidó, Magin Biasi, irmão de Fernando Biasi, chefe da seção comercial da embaixada “guaidoniana” em Washington. A empresa também receberia 18% de comissão sobre o valor que Reyes e Antar negociassem com os golpistas.

Trata-se de um mar de lama e podridão dentro do governo de mentira. Guaidó queria usar a CRA para roubar os bens do povo da Venezuela. Entretanto, vê-se claramente que, por trás dos panos, havia ainda uma extensa rede de corrupção diretamente ligada a Guaidó.

Um dos pivôs do escândalo é Javier Troconis, um ex-executivo do ramo petrolífero e apoiado por diversões figurões da oposição venezuelana. Ele é o encarregado, por Guaidó, de comandar uma comissão especial para gestão e recuperação de ativos.

Troconis se defende das acusações de Reyes e Antar alegando que tudo é mentira. Entretanto, as suspeitas sobre ele são grandes.

Como defesa, Troconis afirma que a proposta da dupla parecia interessante, mas que, após verificar a papelada da empresa, verificaram problemas de fraude e, por isso, desistiram do negócio.

Não parece haver margem a dúvidas de que Reyes e Antar não são as pessoas mais limpas do mundo. Pelo contrário, o tipo de negócio que conduzem e o fato de proporem um plano para roubar as riquezas da PDVSA e entregá-las aos golpistas, mostra que a índole da dupla não é das melhores.

Entretanto, Troconis e os Biasi também não são nem um pouco limpos. Especialmente o primeiro.

Alguns membros da oposição golpista denunciaram Troconis por propor negociações onde terceiros receberiam valores por contratos fechados. Um exemplo disto foi o contrato de perdão de dívida a ser fechado com o governo do Paraguai, onde uma comissão de US$26 milhões seria paga a um advogado argentino chamado Sebastián Vidal, responsável legal da parte venezuelana. Vidal diz que cobrou uma comissão abaixo do que geralmente cobra. Além disto, disse que Troconis nunca o pediu dinheiro algum.

As contradições começam quando Troconis nega que tenha contratado Vidal, mas que este foi sugerido por membros da oposição venezuelana, aos quais Troconis afirma, estranhamente, não lembrar os nomes. E fica ainda mais contraditório quando funcionários do governo paraguaio, como Juan Ernesto Villamayor, chefe de gabinete do presidente paraguaio Mario Abdo Benítez, afirmam que Vidal se dirigia a eles como representante legal da PDVSA. Em novembro, Benítez recebeu de Troconis e Vidal a proposta de contrato.

Javier Troconis também fechou outros contratos aos quais, em teoria, não teria a competência para fazê-lo em nome do “governo”.

Apesar de sido “avisado”, Guaidó manteve Troconis em posição privilegiada no seu “governo”. Isto aparenta ser um forte indício de que Guaidó não só sabia, como compactuava fortemente com os esquemas de Troconis.

É necessário lembrar que Troconis e Fernando Biasi ocupam cargos de destaque no governo de mentira de Guaidó e não são meros figurantes da política golpista venezuelana.

Outro ponto a ser levantado é que Guaidó, Troconis e Biasi não são as verdadeiras pessoas que impulsionam as atividades golpistas, mas meros instrumentos. Isto pode ser evidenciado pela fala de Troconis ao dizer que Sebastián Vidal foi indicado por opositores venezuelanos. Os nomes destes opositores estão em segredo pelo próprio Troconis.

O que tem-se é uma grande esquema de verdadeiros gangsters com o intuito de roubar as riquezas da Venezuela. O cenário, que parece de um thriller policial tem indícios de não ser apenas um conjunto de suposições e coincidências, mas um esquema real e muito bem articulado.

O papel dos Estados Unidos nisto também fica claro. Financia e dá suporte às atividades criminosas destes mafiosos para tentar derrubar o governo bolivariano. Sua posição é bastante confortável, pois, ao mesmo tempo que age por procuração, tem os golpistas na palma de sua mão. Se algum deles não se portar de acordo com o script estabelecido pelos imperialistas, certamente seus “podres” virão à tona como um tsunami a engoli-los.

Portanto, é público e notório que Juan Guaidó não é um simples palhaço de circo, mas um agente criminoso que impulsiona uma rede de outros mafiosos para roubar a Venezuela em benefício próprio e do imperialismo.

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