O Parlamento venezuelano autorizou o auto-proclamado presidente da Assembléia Nacional, Juan Guaidó, a utilizar US$ 80 milhões (R$ 358 milhões) em contas bancárias congeladas nos Estados Unidos, por sanções contra o governo do legítimo presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.
O objetivo da lei aprovada pelo Parlamento nesta quinta-feira (27) é o acesso a dinheiro bloqueado pelo governo dos Estados Unidos do governo Maduro, de seus funcionários e da subsidiária da petroleira estatal venezuelana, PDVSA.
Enquanto as sanções continuarem em vigor, o acesso a esses recursos são bloqueados para Maduro. Agora com essa lei, Trump promete repassar os recursos a Guaidó. A proposta de liberação é que, sob a supervisão da OEA (Organização dos Estados Americanos), da qual Venezuela não mais é membro, Guaidó fica autorizado a utilizar até o montante de US$ 80 milhões, segundo o deputado Alfonso Marquina. De acordo com o texto da lei, o dinheiro seria destinado a gastos sociais. Busca também, fortalecer as relações internacionais e custear um possível governo de transição, sob o comando de Guaidó, ex-presidente da Assembléia Nacional e agora auto-proclamado, presidente do parlamento.
Guaidó se autodeclarou presidente interino da Venezuela em janeiro de 2019, prontamente reconhecido por Trump e Bolsonaro. Cerca de 50 países de um total de 192, reconhecem Guaidó como presidente da Venezuela. Guaidó no entanto, não consegue controlar o Estado. Embora diversas tentativas, não consegue remover Nicolás Maduro, legítimo presidente re-eleito na Venezuela com cerca de 70% dos votos.
Com o dinheiro retido pelos Estados Unidos, o auto-proclamado presidente Guaidó, terá novo fôlego para as tentativas de golpe imperialista na Venezuela e remover Maduro. Lei permissiva para movimentar os US$ 80 milhões, deverá ser invalidada pelo Tribunal Superior de Justiça. No entanto serve de cobertura para Trump liberar o dinheiro para Guaidó, seu preposto na Venezuela.
São dois, os presidentes da Assembléia Nacional Venezuelana.
Luis Parra, foi eleito em 05 de Janeiro de 2020, novo presidente do parlamento da Venezuela, em sessão que, Guaidó se recusou a participar, já que não tinha os votos necessários para se reeleger. E Juan Guaidó, que, fora do parlamento, na sede do jornal El Nacional, no mesmo dia, e somente com seus apoiadores, se auto-proclamou presidente da Assembléia Nacional reeleito.
Desconhece-se por qual parlamento, Guaidó teve lei, o liberando, para apossar-se dos recursos venezuelanos bloqueados pelo imperialismo. O oficial que regularmente se reúne no Palácio do Parlamento da Venezuela, presidido por Luis Parra. Ou pelo parlamento clandestino, somente reconhecido pelos EUA e que improvisa suas reuniões na sede do jornal El Nacional, notório propagandista do imperialismo