Fantoche do imperialismo

Guaidó conspirou contra a Venezuela e deve ser preso

Completamente desacreditado na Venezuela, o conspirador Juan Guaidó segue atuando nos bastidores contra o povo do seu próprio país.

Apesar de não gozar de nenhum prestígio na Venezuela, Guaidó segue sendo recebido por políticos de países imperialistas para oferecer seus serviços. Só nessa semana, teve conversas com o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, e com o ministro das Relações Exteriores do Canadá, Marc Garneau. O contato com Blinken foi noticiado pela agência Reuters, enquanto o próprio Garneau divulgou seu contato com Guaidó no Twitter.

Blinken já manifestou a intenção do governo Biden em “aumentar a pressão multilateral” contra o presidente eleito Nicolás Maduro. A continuidade da política de ingerência num dos países latino-americanos que melhor lidou com a pandemia de Covid-19 é uma clara demonstração de que o sucessor de Trump tende a aprofundar os ataques ao país. É importante frisar que os embargos e sanções econômicas atingem a toda a população da Venezuela, prejudicando as condições de vida em especial dos mais pobres.

As tentativas de usurpação do poder político por Guaidó têm sido vantajosas para o fantoche do imperialismo, que administra as reservas internacionais do país, como as empresas Citgo Petroleum (sede da PDVSA nos EUA) e a Monómeros (situada na Colômbia). Não faltam denúncias de corrupção na administração dessas empresas pelos aliados de Guaidó, muitas delas provenientes dos próprios opositores ao governo chavista. No começo de 2021, em novo ataque do imperialismo, um tribunal nos EUA autorizou a venda da Citgo, numa clara ação de rapinagem.

Em meio às graves crises econômica e sanitária, a Venezuela tem cerca de 40 bilhões de dólares bloqueados em bancos de países imperialistas e 31 toneladas de ouro só no Banco da Inglaterra. Um saqueio escandaloso na nação sul-americana, que impacta diretamente na vida dos venezuelanos, atrapalhando o desenvolvimento das políticas públicas de assistência social levadas a cabo pelo governo legítimo do país. Apenas Guaidó teria embolsado cerca de 2 bilhões de dólares, segundo levantamento realizado pela Assembleia Nacional.

Além de enriquecer individualmente integrantes do setor golpista ligado à Guaidó e das empresas imperialistas, todo esse dinheiro é bastante útil para exercer o método tradicional de “convencimento” de simpatizantes por parte da direita: a corrupção. Essa já é uma prática sistemática do imperialismo na Venezuela, mirando em especial as Forças Armadas para impulsionar um golpe militar.

Essas ações de roubo de ativos estatais se somam à promoção de atentados, como as tentativas de golpe operadas em 2019. Uma das mais grotescas foi a encenação da entrada de caminhões com ajuda humanitária pelas fronteiras de Colômbia e Brasil. No mesmo ano ocorreu a tentativa de tomada de uma base aérea em Caracas, que mesmo falhando serviu para facilitar a fuga de Leopoldo López de sua prisão domiciliar. Pelo menos duas outras operações militares foram interceptadas com sucesso pelo exército bolivariano e ainda ocorreu um ataque hacker ao sistema da maior hidrelétrica do país, o que gerou um apagão que durou duas semanas, isso só em 2019.

Já em 2020, durante a pandemia, ocorreu uma tentativa de invasão paramilitar a partir da Colômbia. A Operação Gedeon contou com a participação de veteranos do exército dos EUA que atuaram na invasão do Iraque e incluiu até um contrato assinado entre Guaidó e Jordan Goudreau, um mercenário proveniente das Forças Especiais dos EUA. O contrato dava carta branca para o grupo matar civis venezuelanos. A população da região onde ocorreu a frustrada invasão, organizada nas milícias populares, foi essencial para a manutenção da soberania territorial do país.

Apesar da longa ficha criminal, o governo Maduro segue com uma tolerância inacreditável com o principal agente venezuelano nas conspirações contra o próprio país. De fato, a campanha em defesa do golpista é intensa na imprensa pró-imperialista, porém o governo chavista se arrisca cada vez mais enquanto ignora os pedidos populares pela prisão de Guaidó. O golpista circulou livremente, entrando e saindo do país, ao longo da série frustrada de tentativas de tomada do poder. A hesitação do governo Maduro em agir decididamente aumenta o risco do país e não diminui em nada a pressão externelizada pelos monopólios da imprensa.

Diante do governo do “democrata” Joe Biden, a tendência aponta para uma escalada da agressividade em relação à Venezuela. Em pouquíssimo tempo de governo, Biden já deu amostras do que podemos esperar nesse ano. Primeiro, bombardeando a Somália e depois a Síria. Camuflado com uma cobertura “identitária”, o novo presidente promete muita violência para os países atrasados. O governo bolivariano não pode ficar sentado esperando uma nova temporada de tentativas de golpe de Estado. É preciso dar um basta nas ações dos golpistas e preparar o país para uma resistência contra possíveis incursões dos exércitos brasileiro e colombiano, além dos grupos de mercenários posicionados ao longo das fronteiras venezuelanas.

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