Da redação – O autoproclamado presidente da Venezuela, Juan Guaidó, mais conhecido como “Guaidog”, concedeu uma entrevista à Folha de S. Paulo nesta quinta-feira (2). A Folha, que apoiava a ditadura militar no Brasil emprestando carros para torturadores, chama o presidente eleito da Venezuela, o legítimo Nicolás Maduro, de “ditador”. Ao mesmo tempo, tenta promover mais um golpe liderado por fascistas na América Latina, fazendo propaganda de um traidor de seu próprio país como “Guaidog”, que é um capacho de Donald Trump.
O golpista de direita, coxinha venezuelano a serviço de interesses estrangeiros, reiterou durante a entrevista uma ameaça que já fez antes contra seu próprio povo. Guaidó avisou que está disposto a apoiar uma “intervenção militar”, eufemismo que a imprensa burguesa tem usado para embelezar uma invasão estrangeira. Guaidó está disposto a dar ares de legitimidade a um ataque como esse, que pode tornar a Venezuela um cenário de devastação como a Líbia, a Síria, o Iraque ou o Iêmen, países que foram vítimas de ataques do imperialismo nos últimos anos.
O agente de Donald Trump e das petroleiras imperialistas na Venezuela, Juan Guaido, declarou o seguinte à Folha: “Mas essa [invasão estrangeira] seria a última opção. Antes é pressionar como seja possível para uma transição livre. Nós sempre oferecemos alternativas, diálogo, eleição, só que eles sempre se negam, se fecham. Por isso é que não excluo a intervenção, mas não é o modo como nós gostaríamos.”
Mike Pompeo
Ontem (1º), o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, que já foi diretor da CIA, também ameaçou a Venezuela com uma invasão imperialista. Durante uma entrevista à Fox Business, Pompeo respondeu a uma pergunta dizendo o seguinte: “O presidente (Donald Trump) foi muito claro e incrivelmente consistente. Uma ação militar é possível. Se for necessário, é o que os Estados Unidos vão fazer”. Resposta que combina com a de seu colaborador na Venezuela, Juan Guaidó.
O governo de Nicolás Maduro tornou-se um obstáculo decisivo para a dominação imperialista na América Latina, por isso o cerco vem se ampliando e os ataques se intensificam. Trata-se de uma batalha decisiva pela soberania latino-americana diante do assédio dos EUA.