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Política genocída

Grupo de risco é forçado a voltar ao trabalho presencial no MT

Decreto municipal ordena que servidores do grupo de risco voltem ao trabalho presencial

A prefeita de Várzea Grande (MT), Lucimar Sacre Campos (DEM), membro da oligarquia dos Campos, publicou, na última terça-feira (22), um decreto municipal que, entre outras coisas, ordena que os servidores públicos que fazem parte do chamado grupo de risco voltem ao trabalho presencial no dia 28 (segunda-feira). O Decreto nº 64 – número que combina com a política direitista e ditatorial dos Campos -, de 22 de setembro de 2020, no artigo 7º diz:

“Por serem considerados o grupo mais vulnerável ao Coronavírus (COVID-19), os servidores públicos municipais com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos de idade, gestantes, lactantes, com câncer, imunodeprimidos e/ou portadores de doenças crônicas, deverão exercer suas atribuições do cargo no setor de lotação, de forma presencial, no período de 08:00 às 13:00 horas (jornada de 30 horas ou mais) e 08:00 às 12:00 horas (jornada de 20 horas), conforme orientações e acompanhamento de sua chefia imediata, a partir do dia 28 de Setembro de 2020”.

Ou seja, isso quer dizer que, no lugar de manter os servidores que se enquadram no grupo de risco afastados, a prefeitura de Várzea Grande, que tem o slogan demagógico que diz “Amar, cuidar e acreditar”, pretende fazê-los sair de suas casas em plena pandemia e irem até repartições públicas, pelas quais inúmeras pessoas passam todos os dias. Sem falar que, muitos desses servidores, para que possam fazer-se presentes em seus locais de trabalho, precisarão passar por terminais de ônibus e fazer uso desse meio de transporte, o que representa um imenso risco. Mesmo que eles sejam colocados em “teletrabalho”, vão se expor à possibilidade de serem infectados.

Somado a tudo isso, servidores denunciam que tem recebido máscaras de TNT e, segundo eles, essas EPI’s de péssima qualidade são fornecidas até àqueles que atendem em Unidades de Pronto Atendimento (UPA’ s), que estão na linha de frente, no enfrentamento ao COVID-19.

É preciso deixar explícito que isso significa mandar tais trabalhadores para o abatedouro. Trata-se de um crime. São assassinatos (ainda não se pode saber quantos) premeditados, mesmo que indiretos. E não é preciso ser especialista para saber disso.

Vejamos os argumentos apresentados pela prefeita para mais esse ataque aos servidores. O texto do decreto-crime ao qual nos referimos diz que diminuiu o número de casos ativos de pessoas com o COVID-19, conforme Boletim de Monitoramento de Várzea Grande, do dia 21.09.2020. Isso só pode ser visto como um deboche, considerando que, como ocorre em todo o Brasil, nunca houve a testagem adequada da população, testagem essa que deveria ser realizada em massa. Além da falta de testes suficientes, é preciso lembrar que essa suposta queda nos casos ocorre quando a economia está em franca reabertura. Também não é preciso ser um especialista para saber que isso não faz o menor sentido. A prova de não se pode confiar nesses dados é que na última quarta-feira (23), entre os funcionários do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) Jardim Glória, 14 (catorze) funcionários testaram positivo para o novo coronavírus.

O decreto ainda argumenta que caiu a taxa de ocupação da UTI no estado de Mato Grosso em 60,48%. Notavelmente, o que a prefeitura de Várzea Grande quer é preencher esses leitos com pessoas. E sabe-se que as chances dessas pessoas sobreviverem serão quase nulas.

O que a prefeita Lucimar Campos faz, nada mais é do que seguir a política de toda a direita nacional. Trata-se de uma política de genocídio do povo brasileiro, que deve ser amplamente denunciada e combatida. Não há outra forma de resolver esse problema, a não ser com uma intensa luta pela palavra de ordem de Fora Bolsonaro e todos os golpistas, o que significa também a luta contra a ditadura dos Campos, que há décadas mandam e desmandam na cidade de Várzea Grande.

 

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