O Grupo de Puebla, uma organização composta por 30 líderes progressistas de 12 países da América Latina, divulgou nesta quarta-feira (10) uma nota oficial denunciando e solicitando a Organização dos Estados Americanos (OEA) que declare Evo Morales o presidente das eleições realizadas no dia 20 de outubro de 2019.
“Declare a legalidade das eleições à presidência de Evo Morales”, alertam na nota, porém, para a própria OEA que deu o golpe seguindo as ordens dos Imperialismo norte-americano. Também afirmam que a derrubada de Evo desencadeou consequências que levaram “à radicalização da oposição política boliviana, tendo como consequência um golpe de Estado” contra o povo e seus apoiadores.
Após um estudo de pesquisadores da Universidade da Pensilvânia e da Universidade de Tulane, divulgado pelo jornal New York Times, no qual se demonstrou, depois de uma análise da votação boliviana, que a OEA “não apresentou evidências de fraude nas eleições”.
“Os pesquisadores demonstram que não houve variações nos padrões de votação, dentro dos recintos eleitorais, antes e depois da interrupção da contagem preliminar de votos. Inclusive, as trajetórias nas tendências de votação não variam em relação aos padrões eleitorais anteriores”, afirma a nota. Assim, a organização exige que a OEA esclareça “cada um dos elementos que foram contestados pelo estudo”.
A ação do grupo é louvável, porém, precisamos destacar o fato de quem, os grupos de extrema-direita que deram o golpe, ligados aos EUA, não irão simplesmente aceitar uma nota. E muito menos a OEA. É preciso uma política consequente nas ruas, organizando as massas para por o regime ditatorial abaixo pela violência.