No dia 7 de setembro, feriado nacional do dia da Independência brasileira, de forma tradicional, a esquerda e os movimentos populares realizam atos em muitas cidades brasileiras como protesto diante da hipocrisia nacional. Tais atos receberam a alcunha de grito dos excluídos.
Ao contrário da política defendida pelo PCdoB, de utilizar o verde-amarelo como uma forma de tentar ganhar a simpatia dos bolsonaristas, os atos tiveram a presença marcante do vermelho, cor tradicional usada pela esquerda. A política de se disfarçar de coxinha nas manifestações foi rejeitada pela base dos próprios partidos que defendem uma política de frente-ampla, que é uma tentativa de ressuscitar o centro da política nacional. Estes setores, fundamentalmente PSDB, PMDB e DEM foram a base para realização do golpe e devem ser rejeitados como inimigos do povo.
Num momento como esse, de crise nacional em função do andamento de um golpe em marcha contra o povo, que colocou no poder um governo capacho do Imperialismo como o de Jair Bolsonaro, a palavra de ordem de “Fora Bolsonaro” se fez presente nas manifestações, como no ato de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, que tiveram uma enorme faixa de “Fora Bolsonaro” estendida ao longo da manifestação.
A defesa do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, preso na “masmorra de Curitiba” pela operação Lava-jato, a maior fraude já realizada na história nacional já realizada com o objetivo dar um golpe de Estado contra uma presidenta democraticamente eleita e para prender um grande líder nacional, como Lula. Em diversas cidades do Brasil, como Belo Horizonte, Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo, Sorocaba etc se fez presente de maneira marcante o desejo de “Liberdade para Lula”.
O fato de que tais palavras de ordem tenham se espalhado pelos atos em todas regiões brasileiras, é mais um sintoma de que há a gestação de uma grande mobilização nacional da classe operária para enfrentar o golpe de Estado e colocar em xeque o regime imposto pelo imperialismo ao povo brasileiro.