Neste final de semana, grileiros de terra a serviço da especulação imobiliária do Estado de Santa Catarina invadiram a Terra Indígena (TI) Tarumã e ameaçaram os indígenas. A TI Tarumã, que toma 21,72 km² de terras em Araquari e Balneário Barra do Sul, região de visitação de turistas.
Os vídeos gravados pelos indígenas mostram os grileiros entrando nas terras e demarcando sem nenhuma preocupação em se esconder, pelo contrário, estavam bem a vontade e ainda diziam que “vocês são Paraguaios, a terra não é de vocês, nós nascemos aqui” e “se pisarem aqui, vamos meter bala”, ameaçavam.
As ameaças estão cada vez mais recorrentes e são colocadas em prática pelos especuladores imobiliários. Em fevereiro, casa de uma anciã na Aldeia Tarumã Mirim do Povo Guarani Mbya foi incendiada após drones sobrevoarem as aldeias. Drones são recorrentes e espiam as atividades da comunidade indígena.
Os indígenas são atacados constantemente na região e até existe uma organização, nos moldes fascistas da União Democrática Ruralista (UDR), utilizada para atacar os trabalhadores sem-terra, que se chama Associação de Proprietários Interessados em Imóveis nas Áreas de Reservas Indígenas no Norte de SC (Apis). Essa organização faz campanha e lobby entre os parlamentares ruralistas para evitar que sejam punidos pelos seus ataques e invasões.
Há uma ofensiva da direita contra os povos indígenas e a luta pela demarcação de suas terras, fato que ocorreu após as eleições fraudadas que levaram Bolsonaro ao poder. Essa violência tende a aumentar e deve ser combatida pelos indígenas da maneira que for necessária.
É preciso criar comitês de autodefesa dos indígenas e expulsar os grileiros de terra, latifundiários e representantes da especulação imobiliária das terras indígenas com toda força possível.
Essa situação precisa mudar e a única maneira é a derrubada de Bolsonaro do poder, pois foi colocado na presidência para atacar os povos indígenas e a luta pela terra.
Veja os vídeos da invasão: