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Donos das terras

Grilagem é responsável por 35% do desmatamento da Amazônia

Latifúndio só pode ser, efetivamente, derrotado com a derrubada de Jair Bolsonaro

Em um ano marcado por queimadas de proporções nunca antes vistas, o Instituto de Pesquisas da Amazônia (Ipam) aponta que pelo menos 35% dos desmatamentos na floresta foram causados por grileiros, numa estimativa conservadora e que pode ser muito maior se considerarmos, entre outros, os desmatamentos realizados em invasões de terras indígenas feitas pelos mais diversos setores da burguesia interessados na posse desse importante meio de produção que é a terra, algo muito comum em todas as regiões e que já foi amplamente divulgado na imprensa do PCO e diversos veículos independentes.

A divulgação de dados sobre o desmatamento e a ação predatória dos grileiros realizada pelo Inpe e o Ipam acontecem no mês em que o regime golpista comandado por Bolsonaro revogou o zoneamento ecológico de 2009, que proibia a plantação de cana-de-açúcar em regiões como a floresta amazônica e o Pantanal Matogrossense. Numa dessas incríveis coincidências que só a ironia explica, ambos os biomas experimentaram devastações inéditas de sua mata nativa ao longo de 2019, só no Pantanal o crescimento nos focos de incêndio atingiu espantosos 462%. Claro que seria necessário uma dose enorme de inocência para não perceber uma política pública agindo em benefício dos interesses dessa importante base do bolsonarismo que são os ruralistas.

Um ponto importante a ser destacado é que a notícia foi divulgada com a demagogia habitual da imprensa burguesa, acusando um suposto erro de condução da política ambiental enquanto propagandeia “agro é tudo”, o que claramente é mais uma tentativa de colocar Bolsonaro na linha do que uma defesa do patrimônio natural brasileiro. Chega a ser espantoso que a imprensa burguesa em seu cinismo não responsabilize os indígenas ou os movimentos de trabalhadores sem terra por toda a devastação realizada pelos latifundiários brasileiros, estes sim interessados em devastar o país inteiro se necessário para compensar eventuais perdas ocasionadas pelos preços da commodities agrícolas com escala de produção, o que implica necessariamente em grilagem, invasões de terras, desmatamento e toda a sorte de ataques contra os movimentos de luta pela terra, o ecossistema e o que mais se colocar no caminho dos fazendeiros.

A devastação ambiental verificada no Brasil tem uma origem e chama-se capitalismo, isto tende a piorar muito em função da acentuação cada vez mais dramática da crise histórica desse sistema agonizante e é preciso que os militantes de esquerda e ativistas do meio ambiente mais politizados tenham clareza de que num momento onde nem mesmo o patrimônio de um país central do imperialismo como a França pode ser protegido se isso entrar em conflito com os interesses de uma burguesia cada vez mais desesperada (como ficou demonstrado pelo simbólico desabamento do teto da Catedral de Notre Dame), a sorte do patrimônio ecológico brasileiro só pode ser efetivamente alterado com uma mudança revolucionária nas estruturas do poder que acabe com essa classe decadente de uma vez por todas.

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