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Abaixo o golpe de Estado

Greves na educação mostram enfrentamento com os golpistas

Mobilizações apontam que chegou a vez do funcionalismo público, a começar pelos professores

Greves e mobilizações marcam o início do ano letivo dos professores da rede pública estadual e municipal de vários estados do País. Professores da rede estadual de Minas Gerais, municipal de Belo Horizonte, estadual do Rio Grande do Norte, estadual do Piauí, indicativo de greve em Recife, mobilizações em São Paulo, Mato Grosso do Sul, Bahia, entre outros estados e municípios, além de professores do Rio Grande do Sul que fizeram greve no final do ano passado e que se estendeu até o início deste ano. 

A principal reivindicação comum a todo o movimento é o piso salarial do magistério que deveria ter sido reajustado em 12,84% a partir de janeiro deste ano, conforme estabelecido na Lei Federal 11.738/2008. 

Pela amplitude da mobilização, um primeiro aspecto a ser salientado é que não se trata de um descontentamento localizado, mas o produto do desmonte do estado brasileiro patrocinado pelo golpe de Estado de 2016, em particular com a Emenda Constitucional 95, popularmente conhecida como PEC da morte, aprovada no final de 2016 no governo ilegítimo de Temer, que congelou por 20 anos parte do orçamento da União.

Trata-se, nesse sentido, de um enfrentamento econômico contra os governos estaduais e municipais, mas, acima de tudo, de um enfrentamento político tanto com esses governos, como com o governo Bolsonaro e com o golpe de Estado.

Uma primeira conclusão que se pode tirar é de que as mobilizações tendem a crescer não apenas com os professores – em geral as maiores categorias organizadas nos estados e municípios -, mas para os demais segmentos do funcionalismo público. O arrocho salarial também está na raiz da mobilização das polícias militares em 12 unidades da Federação e que teve seu ponto de maior acirramento na greve da PM do Ceará.

Em resposta às reivindicações dos professores, inúmeros estados e a maioria dos municípios não cumpriram até agora o que determina a lei. O que prova que a lei só vale de acordo com os interesses de quem manda, no caso, os golpistas com a política de fome e miséria dos trabalhadores para desviar os recursos que deveriam ser destinados à educação e a saúde para os banqueiros e grandes capitalistas e o imperialismo. 

A política dos governadores, inclusive os de esquerda é de frente única com Bolsonaro, que é o de estrangular as greves, seja com repressão, com corte do ponto e perseguição a grevistas ou com muita demagogia. João Dória (PSDB-SP), depois de promover um massacre contra os professores e acusá-los de “preguiçosos e vândalos” por protestavam contra a reforma da Previdência no Estado, declarou que só paga um abono; Wellington Dias (PT-PI), por sua vez, quer cortar o ponto dos grevistas e  Flávio Dino (PCdoB-MA)que diz pagar o maior salário do País, “esqueceu” de completar que apenas uma ínfima parcela da categoria recebe algo em torno a R$ 6.300, sendo que a esmagadora maioria (mais de 90%) está na média nacional entre 2 e 3 mil reais, só para citar alguns casos.

O que as greves e as fortes tendências à mobilização apontam é que há uma enorme tendência de uma luta geral dos servidores públicos, a começar pelo setor maior e mais organizado, os professores. A questão central para fazer avançar essa luta está na sua ampliação tanto no sentido de fazer o chamado às demais categorias de servidores estaduais, como na perspectiva de unidade nacional do movimento.

Nesse sentido, a CUT, a CNTE, organizações nacionais construídas pelos trabalhadores com o propósito central justamente de dar unidade à luta dos professores e dos trabalhadores em geral, deve cumprir o papel pelo quais foram criadas.

A única política que é capaz de unir professores, servidores, trabalhadores de estatais, desempregados, enfim o conjunto dos explorados é a luta para por abaixo o governo Bolsonaro e é justamente por isso que a palavra de ordem central deve ser Fora Bolsonaro e todos os golpistas. 

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