A greve geral no Rio de Janeiro começou com bloqueios de vias importantes como a ponte Rio-Niterói e a Linha Vermelha logo ao raiar do dia. A manifestação em si teve sua concentração na Candelária as 15h, o ato começou às 17h e após as falas e o sol cair, saiu em direção à central como tradicionalmente feito em atos com uma grande expectativa de público no Rio de Janeiro.
Desde o princípio os entornos da Presidente Vergas (avenida que liga a Candelária a Central com uma linha entre dois pontos) estavam cercados por um grande número de policiais, um contingente não visto no dia 15 de maio, porém, parecido com o do dia 30. Batalhões do Choque da Polícia Militar, batalhões do BEPE (Batalhão Especial de Pronto Emprego), e outros agentes de repressão do Estado estiveram presentes na avenida desde a concentração.
A polícia começou o ataque aos manifestantes quando os carros de som haviam passado da metade do trajeto. Bombas de efeito moral, gás lacrimogênio e balas de borracha começaram a ser tacadas impiedossamente contra os manifestantes. Normalmente após uma ataque a polícia os manifestantes se reagrupam e o processo se repete ficando cada vez mais violento até que se torne insustentável ficar no local, porém desta vez a repressão foi ininterrupta. Antes da central, no Palácio Duque de Caxias (prédio em que se encontra o Quartel-General do Comando Militar do Leste), estava o exército com jeeps e tanques bloqueando a via direita da avenida.
A Polícia Militar perseguiu os manifestantes até a Praça Tiradentes onde as pessoas se reagrupavam esperando ter fugido da repressão.
Outro que a truculenta ação da polícia, deve destacar-se a faixa de 50 metros onde lia-se fora Bolsonaro, e o entusiasmo dos manifestantes com os adesivos com a mesma palavra de ordem.
Ficou clara a intenção da burguesia de tentar frear as manifestações com medo do potencial explosivo que tiveram os vazamentos da Lava-Jato. O medo que tem os golpistas de perder a situação de controle diante de dezenas de milhares de manifestantes contra o Bolsonaro e com ainda mais motivos para libertar Lula ficou claro com a ação da polícia nesta sexta-feira de greve geral.