Uma gigantesca greve tomou conta da Índia no último 08 de janeiro. A imprensa internacional reportou 250 milhões de trabalhadores, do campo e da cidade, além de estudantes unidos contra o governo fascista Narendra Modi, que a exemplo de Bolsonaro e outros menos escatológicos, tem promovido uma política de guerra econômica contra a classe trabalhadora por um lado e usado a violência policial para reprimir o descontentamento. Ainda seguindo o padrão fascista que se verifica também no Brasil, forças paramilitares tem sido usadas para espancamentos e calar opositores, como ocorrido contra estudantes no último dia 5 e que contou com o silêncio cúmplice da polícia.
Contra o governo Modi
A Central Sindical Indiana (CITU na sigla em inglês) destaca que a greve geral não foi por pautas pontuais menores mas contra o governo de Narendra Modi. Sem confirmar o número total de grevistas, a central informou em uma nota que a greve foi especialmente grande entre os operários não teve precedentes e chegou a paralizar completamente os transportes no estado de Tripura, apesar das ameaças realizadas pelo partido Bharatiya Janata (do primeiro ministro Modi) para que os operários do transporte não aderissem. Muitos outros serviços aderiram à greve, que também contou massivamente com a participação de estudantes e camponeses, estes atuaram principalmente promovendo bloqueios de rodovias em toda a Índia, além de grupos de mulheres e outros, num total de 200 organizações segundo a CITU.
Interessante observar que mesmo em meio a neve, o vermelho dos manifestantes se destacava junto as bandeiras, que ainda eram ornamentadas com a foice e o martelo, o que aparentemente, não foi empecilho algum para que a força dos trabalhadores indianos fosse demonstrada de maneira tão grandiosa.
Como a maioria dos países atrasados do mundo, a Índia tem sofrido com os ataques do neoliberalismo, doutrina econômica que constitui uma verdadeira política de guerra movida pelas burguesias das nações imperialistas para acalmar a situação interna dos seus próprios países, a custa do crescimento da superexploração dos trabalhadores da maior parte do planeta, do seu sofrimento e do seu sangue (aqui sem metáforas ou eufemismos, dado que o neoliberalismo em todos os países vem acompanhado pelo fascismo), enquanto promove um rastro de destruição ao redor de um mundo cada vez mais convulsionado pela acentuação da crise histórica do capitalismo.