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Sétimo dia de protestos

Trabalhadores do Equador fazem greve geral pelo Fora Lenín Moreno

Milhares de pessoas se mobilizaram de forma radicalizada, enfrentando a polícia, que prendeu mais de 100 manifestantes no dia de ontem

Nessa quarta-feira (09), milhares de equatorianos saíram às ruas de todo o país em protestos radicalizados contra o governo traidor de Lenín Moreno, em uma greve geral nacional, preparada há uma semana.

Desde o início do dia havia um clima de tensão no país tropical. Por um lado, o governo decretou o toque de recolher, das 5h às 20h – em meio ao estado de exceção imposto para reprimir brutalmente as jornadas de protestos. Por outro, os comércios, fábricas e escolas paralisadas.

Mas já pela manhã começaram as concentrações de manifestantes em todo o território nacional. Em Quito, milhares de pessoas saíram em marcha para o Palácio de Carondelet (sede do governo), no centro histórico da cidade. Antes mesmo da chegada da marcha, a polícia começou a reprimir quem estava nas redondezas do local. 

Na última segunda-feira, Moreno fugiu para Guayaquil, transferindo temporariamente a sede do governo para a cidade litorânea. Isso se deu pelo medo da revolta popular, pois no mesmo dia uma multidão liderada por indígenas chegou a Quito, que ficou absolutamente convulsionada pela ira popular. 

Na terça, os manifestantes ocuparam a Assembleia Nacional (Parlamento), o que levou a uma violenta repressão da polícia. A Confederação de Nacionalidades Indígenas (CONAI) denunciou a prisão “arbitrária e inconstitucional” de 72 ativistas que ocupação a sede do legislativo.

Gás lacrimogêneo, bombas de fumaça e de efeito auditivo foram lançadas pelas forças de repressão contra os manifestantes, que reagiram com todos os meios que tinham, como paus e pedras. Até o início da tarde, um manifestante havia sido assassinado pela polícia – elevando para 16 o saldo de vítimas fatais do aparato repressivo de Moreno.

Já na cidade de Guayaquil, o povo não poupou o presidente neoliberal, que pensou que encontraria refúgio na capital financeira do país. Uma forte mobilização foi iniciada desde cedo, com destino à Avenida 9 de Octubre (em homenagem à independência de Guayaquil). Também houve um intenso enfrentamento do povo com as forças armadas, com grande repressão. No entanto, a polícia deu um tratamento completamente diferente para o protesto reacionário a favor de Moreno, organizado pelos especuladores e pelos partidos de direita que têm controle absoluto do aparato político de Guayaquil.

Foram mais de 100 pessoas detidas somente no dia de ontem pela polícia, em um processo escalado de repressão em meio ao toque de recolher em Quito e o estado de exceção a nível nacional, totalizando mais de mil pessoas detidas em sete dias de protestos.

Em outras cidades do país o povo também saiu às ruas, como em Cuenca. Tachando de “medida ditatorial” o toque de recolher em Quito, o povo enfatizou que irá permanecer nas ruas pelo Fora Lenín Moreno. São evidentes também os gritos como os cartazes e faixas pedindo a derrocada do governo. A greve foi convocada pelas centrais sindicais e pela CONAI, tendo uma participação destacada das comunidades indígenas mas também da classe operária, do movimento estudantil, de camponeses e de mulheres.

Um fato de destaque foi a volta de Lenín Moreno de avião para Quito, na parte da tarde. As informações ainda eram vagas até o fechamento desta edição, mas a intenção do governo era entrar em um acordo com os manifestantes. É possível que parte da burocracia sindical e opositora possa tentar uma conciliação com o governo, impedindo a sua queda pela revolta popular, mas o povo dificilmente irá engolir a permanência de Moreno e dos golpistas equatorianos no poder. O povo pede claramente a queda de Moreno e a convocação de eleições antecipadas.

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