A Central Única dos Trabalhadores (CUT), os sindicatos e organizações do movimento estudantil estão convocando para o dia 14, dia da Greve Geral, grandes atos em todo o país.
O dia 14 precisa ter o mesmo direcionamento dos atos anteriores, no dia 15 e 30 de maio. Precisa ser um grande ato contra o governo Bolsonaro.
A esquerda está cometendo um equívoco em chamar atos apenas contra a reforma de previdência. Um dia é contra os cortes na educação, outro dia é contra a reforma da previdência, outro dia é contra o assassinato nas periferias e assim por diante. Esse tipo de política não unifica a grande maioria do povo. Muito pelo contrário, acaba dispersando as lutas.
A luta contra a reforma da previdência está colocada desde o governo Temer, mas até agora não tivemos nenhum grande resultado em termos da luta sindical e popular.
Ao contrário do que acreditam as direções, os dias 15 e 30 foram grandes não por conta da pauta parcial, contra os cortes da educação, mas por conta da insatisfação generalizada contra os ataques do governo Bolsonaro e dos golpistas.
Por isso, as palavras de ordem “Fora Bolsonaro” e “liberdade para Lula” foram tão populares nos dois atos; eram atos contra o golpe. Nesse sentido, os atos do dia 14 precisam ser grandes atos políticos contra Bolsonaro e todos os golpistas – de forma que exija a derrubada do governo, a realização de novas eleições e a liberdade de Lula. Apenas desta forma o povo conseguirá derrotar o golpe.