Bolsonaro marcou um gol de placa, só que contra o seu próprio governo. Na próxima quarta, 15 de maio, professores das universidades federais, da rede pública e de vários segmentos da rede privada, vão parar na 1ª greve geral da educação em repúdio à política de destruição do ensino público e do desmonte da educação e da reforma da Previdência operados pelo governo fascista de Bolsonaro.
Inicialmente chamada pela Confedeeração Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), com uma greve que tem como eixo central a luta contra a reforma da Previdência, a greve tomou novo impulso com a adesão massiva dos professores universitários por conta do anúncio pelo governo em sua intenção de cortar 30% por cento das verbas das universidades e institutos federais, significando na prática a paralisação do funcionamento dessas instituições já neste ano.
Um outro efeito imediato do gol contra de Bolsonaro foi a moblização geral dos estudantes universitários, com a realização de dezenas de assembleias país afora e a adesão por unanimidade à greve do dia 15.
Diante da clara tendência para que a greve se transforme em um polo mobilizador para a greve geral marcada para junho, duas questões se colocam como vitais para uma evolução real da luta dos trabalhadores para efetivamente derrotar o governo e sua política de fome e miséria para o país.
A primeira delas é que a imediata resposta da comunidade universitária não foi só o resultado do gol contra de Bolsonaro. Desde o golpe de Estado de 2016 existe um aumento crescente da polarização política do país e que tomou um grande impulso com a posse de Bolsonaro, expresso no crescente repúdio popular ao próprio Bolsonaro, ao seu governo e, ainda, em defesa da liberdade de Lula.
A outra questão que vem à tona com radicalização dos professores é que a luta contra o governo não é uma luta de tipo sindical, contra uma medida isolada, reforma da Previdência, corte de verbas das universidades, etc., mas uma luta contra o governo e sua política de conjunto.
É por isso que é necessário uma palavra de ordem que englobe todas as lutas parciais e reivindicações dos trabalhaores e essa palavra de ordem, necessariamente tem de ser Fora Bolosonaro! Justamente por expressar o sentimento popular crescente e por unificar todos os trabalhadores contra o conjunto da política do governo de extrema-direita e não simplesmente a reivindicações parciais.
Fora Bolsonaro é a expressão da unidade, da luta e da crescente mobilização de todo o povo explorado.