Os funcionários da refinaria Total de Grandpuits, na regão metropolitana de Paris decidiram bloquear a saída de todos os produtos da empresa, aderindo a greve geral contra a reforma da previdência imposta pelo governo neoliberal de Emanuel Macron, na França.
Esta é a segunda refinaria a aderir ao movimento de greve, a primeira foi a Petroineos de Lavéra, mais importante do sul da França. A greve geral, que começou no início do mês de dezembro, a princípio com os trabalhadores do setor do transporte, a cada dia que passa ganha mais adesão de outras categorias, o que coloca a classe operária no centro da luta de classes na França, contra a reforma da previdência e o próprio governo Macron.
Mesmo neste período de festas, a classe trabalhadora francesa, demonstrando sua decisão de não recuar diante do governo, continua mobilizada. Neste dia 24 de dezembro, as linhas de metrô continuam paralisadas em Paris. Na rede ferroviária, apenas 40% dos trens de alta velocidade continuam a circular.
Os trabalhadores do ramo da energia, organizaram junto ao seu sindicato, CGT Enérgie, cortes no abastecimento em diversas regiões do país nas últimas semanas.
O governo Macron, ligado aos setores centrais do imperialismo, quer impor um verdadeiro roubo das aposentadorias dos trabalhadores franceses. O governo quer extinguir o atual sistema de aposentadoria, o qual permite que determinadas categorias se aposentem mais cedo e impor um sistema por pontos, dificultando o acesso dos trabalhadores ao direito de se aposentar. Além deste ataque, o governo quer aumentar a idade mínima de 62 para 64 anos.
Há novas manifestações marcadas para o dia 28 de dezembro e um ato nacional está sendo convocado para o dia 9 de janeiro. Para que o movimento seja vitorioso, é preciso que a mobilização na França adquira um caráter político. Para tanto, a mobilização precisa superar a orientação estritamente econômica de suas direções, e colocar em xeque o próprio governo francês. É necessário levantar a palavra de ordem de Fora Macron!