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Greve dos rodoviários da Grande Vitória completa 15 dias e enfrenta patrões e justiça

Os rodoviários da Grande Vitória (ES) entraram em greve no dia 26 de dezembro último, demandando um reajuste salarial de 7% a 10%, conforme o dissídio coletivo que será julgado hoje pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT). A greve havia sido declarada ilegal pelo mesmo Tribunal em 19 de dezembro, mobilizando a Polícia militar em terminais e garagens para reprimir os trabalhadores. O Sindicato dos Rodoviários (SindRodoviários) recorreu da decisão e a paralisação de 30% da categoria foi iniciada logo após o feriado de Natal, prosseguindo até hoje.

Além do reajuste salarial compatível com o aumento real dos preços no ano, os trabalhadores demandam pagamento integral do plano de saúde pelas empresas e aumento de R$4 no valor diário do tíquete alimentação – hoje em R$26,30. As empresas, representadas pelo sindicato patronal (GVBus), ofereceram 1,83% de reajuste com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Como se sabe, itens essenciais como gasolina, gás e eletricidade tiveram aumentos expressivos em todo o país – alguns chegando a triplicar de valor, o que evidentemente puxa a inflação dos demais itens, e torna o INPC do período de base irreal. Conforme ressalta Edson Bastos, presidente do SindRodoviários, “não dá pra entender essa inflação que eles calculam”.

A GVBus alega que “as empresas da Grande Vitória não têm condições de arcar com qualquer reajuste além de 1,83%”, como se as máfias dos transportes instaladas em praticamente todas as metrópoles brasileiras não garantissem lucros exorbitantes a esse setor. A imprensa direitista, como de hábito, ataca o movimento dos trabalhadores por meio de reportagens sobre atrasos e filas em terminais, e até mesmo insinuando o repasse do aumento para a população por meio das tarifas. A tentativa é de colocar a opinião pública contra os grevistas.

Na realidade, as reivindicações dos rodoviários são justas, e correspondem a nada menos que a reposição mínima das diversas perdas aferidas ao longo de um ano em que vigeu no país um regime golpista que destruiu nossa legislação trabalhista. O movimento dessa categoria deve não apenas ter apoio da população, como também serve de exemplo aos demais trabalhadores de Vitória e aos rodoviários de outras metrópoles. Os setores de transportes são fundamentais para impulsionar as greves gerais, e por isso sua mobilização deve ser especialmente apoiada por todos aqueles que lutam contra o golpe de estado em curso no País.

 

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