Entrou no décimo dia a greve dos caminhoneiros. Embora em alguns dos lugares do país haja ocorrido algum alívio a greve mantém força e a situação encontra-se bem longe da normalidade. Em Porto Alegre, por exemplo, alguns postos recebem combustível, formam-se grandes filas, as vendas se limitam a R$ 100 (cerca de 20 litros) e ao terminar o estoque voltam a fechar.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou, segundo o Portal G1, que existem 616 pontos de bloqueio nas estradas. Em alguns pontos os grevistas liberaram as pistas das estradas mas mesmo nesses locais o tráfego de caminhões é pequeno. Em alguns estados tropas do exército estão escoltando comboios de fura-greves para que os grevistas não os retenham.
Também já foi iniciada a greve dos petroleiros. A Ministra do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Maria de Assis Calsing atendendo a pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) e da PETROBRAS concedeu liminar considerando a greve “aparentemente abusiva” e impôs multa de R$ 500 mil apor dia a cada sindicato. Apesar disso os petroleiros mantêm a paralisação. O Presidente da Federação ùnica dos Petroleiros (FUP) declarou que a greve não trará desabastecimento porque os tanques das refinarias encontram-se com estoque suficiente para fornecimento durante o período da greve.
No Rio Grande do Sul, cinco caminhões-tanque tiveram as mangueiras cortadas por manifestantes quando chegavam à Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre. De acordo com a Brigada Militar a ação aconteceu na noite de segunda-feira (28) quando os caminhões passavam próximos de um protesto, que reuniu cerca de 1 mil pessoas. Na quarta-feira houve ação de agressão da polícia aos manifestantes.
O Planalto anunciou no final da manhã de quarta-feira que manterá a política atual de preços mas maiores detalhes ainda não se encontram disponíveis.