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Greve total

Greve da Educação: como avançar na luta contra o genocidio

É preciso intensificar a mobilização com comandos greve, trabalho de agitação nas escolas e bairros, atos de rua e organização de uma greve nacional da Educação

Participamos e intervimos, junto com companheiros da corrente Educadores em Luta (militantes e simpatizantes do PCO) das assembleias convocada pela APEOESP (professores da rede estadual de SP), para realizar um balanço e deliberar sobre a continuidade da greve iniciada no último dia 8,  contra a volta às aulas, imposta pelo governador genocida, João Doria, no momento de evolução da pandemia, quando o Estado tem mais de 200 mortos por dia, há mais de um mês,  já totaliza mais de 56 mil pessoas falecidas e quase 2 milhões de infectados, de acordo com o números sabidamente fraudulentos, divulgados pelo governo de SP que, como em todo o País, não contabiliza as pessoas mortas com sintomas da covil-19, conforme recomenda a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Embora ainda minoritária (estimativa de 15% da categoria) a greve se mostrou um acerto político, ao mobilizar centenas ou milhares de ativistas em todo o Estado  e enfrentar a política criminosa dos governos Doria, Covas e outros que se passam por “científicos”mas estão liderando a política genocida de reabrir as escolas para garantir os interesses dos bancos, escolas privadas e outros tubarões capitalistas, preocupados em “socorrer” seus próprios lucros e deixar o povo morrer.

No meio da semana os trabalhadores da Educação da Capital, também aderiram ao movimento, depois de pressionarem suas direções, que convocou apenas uma live, na qual compareceram mais de 5200 educadores que – em esmagadora maioria – clamam pela greve, contra a política reacionária do presidente do Sinpeem (educadores municipais), ex-vereador da base do governo Doria/Covas, Claudio Fonseca, que diante da convocação de um ato junto à Secretaria Municipal de Educação, fez campanha para que os grevistas ficassem em casa.

Aos poucos foram crescendo as atividades nas regiões, panfletagens e atos organizados pelos próprios militantes, que – na prática – foram constituindo comandos de greve (ainda que frágeis) mesmo onde a maioria da burocracia não moveu uma palha.

Com a greve, cresceram também as denuncias de casos de professores e funcionários infectados: já são mais de 250, em 150 escolas públicas.  Até mesmo em escolas particulares, que retornaram às aulas, houve infecções e algumas já suspenderam o retorno.

A maioria das escolas teve presença super reduzida de alunos (entre 5 e 10%) mostrando a rejeição dos pais à política pró-morte do governo.

Da mesma forma, as faculdades particulares adiaram o retorno às aulas, nesta semana, evidenciando que o retorno representa um perigo real.

Nas assembleias regionalizas desta sexta, ficou evidente a radicalização do ativismo.

Setores que tinham se oposto ao começo da greve, como o PSOL/Resistência não tiveram a coragem de defender o fim da greve e fizeram a manobra de defender o adiantamento da próxima assembleia estadual para o dia 17/2, quarta-feira de cinzas, na expectativa de que se criem melhores condições para o enterro da mobilização, o que não vai acontecer.

Nós de Educadores em Luta, apresentamos em todas as regiões um conjunto de propostas, entre elas a radicalização do movimento, com a decretação da paralisação geral, greve total, para superar a política adota pela direção de realizar a greve apenas entre os setores convocados para trabalhar presencialmente, o que – obviamente – divide a categoria, e quando é necessário unir forças e agrupar o ativismo para impulsionar a mobilização. Mesmo não sendo aprovada, a proposta obteve mais de 30% na maioria das regiões, com todas as alas da diretoria contra a proposta.

Mostrando a tendência geral de luta, educadores do Rio (Estado e Capital) realizaram assembleias e reafirmaram a decisão de entrar em greve contra o retorno nos próximos dias.

Em todo o País, professores, pais e estudantes (apesar da política reacionária das direções estudantis) em sua maioria percebem os graves riscos que estão sendo colocados e já são inúmeros os protestos contra essa medida nazista de reabrir as Escolas.

Em várias cidades, pressionados, prefeitos recuaram da abertura das Escolas, mas o governador, o prefeito da Capital, Bruno Covas (PSDB) e de muitas outras cidades, querem impor a volta e ainda ameaçam os professores, com desconto dos salários, mostrando que são tão ou mais ditadores do que Bolsonaro.

Mais do que nunca é preciso a unidade de toda a categoria na luta.

Convocar o apoio dos estudantes, dos pais, de todos os sindicatos e organizações que estejam – de fato – do lado do povo trabalhador, que não vai ser atendido no Albert Einstein e ou no Sírio Libanês.

Para impulsionar a greve, é decisiva a formação de comandos de greve de base, como já se viu nessa e em todas as nossas greves, para conversar com os professores e a população e organizar a mobilização nas ruas, com os devidos cuidados sanitários, necessários neste momento.

Em todas cidades, organizar protestos junto às prefeituras e realizar uma grande Marcha ao Palácio dos Bandeirantes, contra o governo genocida, para exigir o fechamento das Escolas.

Doria ameaça os professores com o corte de ponto. É preciso radicalizar e decretar a paralisação de todo o trabalho remoto e que o mesmo só volte a ser feito mediante a suspensão total do trabalho presencial e com a devida negociação das condições pelos representantes dos trabalhadores, incluindo fornecimento de equipamentos e internet pelo Estado para todos os professores e estudantes.

É preciso também intensificar a cobrança junto à CNTE, CUT e dos sindicatos da categoria para organizar já uma greve nacional da Educação.

Volta às aulas só com o fim da pandemia e com vacina para todos!

Fora Bolsonaro, Doria e todos os governos golpistas e assassinos, inimigos da Educação e da população.

 

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