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Genocidas

Grávida de 8 meses é internada por COVID após volta às aulas

Prefeito interino de São Caetano do Sul, cidade da grande São Paulo forçou professores em situação de risco a voltar às aulas presenciais

Em consequência da atitude criminosa da prefeitura de São Caetano do Sul, cidade do Grande ABC paulista, cujo prefeito interino Anacleto Campanella Junior, do golpista Cidadania, que tomou a atitude genocida de dar início às aulas presenciais no município, no início de fevereiro, em plena sexta-feira (05) fez com que a professora Rafaela de Ávila Cardoso, grávida de oito meses, forçada a voltar a ministrar aulas presenciais, acabasse contaminada pelo coronavírus.

Rafaela que leciona na Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Luiz Olinto Tortorello, em São Caetano do Sul, que está internada em terapia semi-intensiva com covid-19 conta seu drama à Rede Brasil Atual de terça-feira (23), na internet:

Com apenas 10 dias da volta às aulas presenciais obrigatórias, a professora Rafaela de Ávila Cardoso, grávida de 8 meses, começou a apresentar sintomas de covid-19. Ela foi internada ontem (22) na Unidade de Terapia Semi-Intensiva do Hospital e Maternidade Santa Joana, em São Paulo, monitorando sinais vitais dela e de sua bebê, tomando corticoide, anticoagulante e outros medicamentos. A docente trabalha na Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Luiz Olinto Tortorello, em São Caetano do Sul, e relata que voltou à escola no dia 5 fevereiro por pressão, já que não teve seus pedidos para manter-se em home office aceitos.

“Minha bebê está bem, mas o médico decidiu pela internação, pois disse que a piora nestes casos pode ser muito rápida. Voltei a trabalhar por pressão. Não consegui preencher a Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT), mesmo com o atestado de 14 dias com o CID de covid-19. Durante quase 11 meses estive em casa e não peguei nada. Foi só voltar duas semanas e já fiquei doente”, relatou Rafaela.

A atitude genocida tomada pela prefeitura impunha que a professora, caso quisesse ficar em casa teria que pedir licença, conforme relata Rafaela. Temendo voltar à escola em meio à pandemia de covid-19, ela solicitou à direção da unidade o afastamento no dia 5 de fevereiro, o que lhe foi negado. “Pedi para a direção da escola e eles me disseram que não seria possível nenhuma liberação a não ser que eu entrasse de licença”, afirmou. Entre os dias 5 e 10 de fevereiro, foram realizadas atividades de planejamento na escola. A partir do dia 11, a professora começou a receber alunos.

Rafaela comentou que entende a necessidade de retomar as aulas presenciais, já que tem sido muito difícil manter o interesse e o aprendizado das crianças nas aulas online. Ao mesmo tempo, avalia que a volta foi cercada de insegurança e medo, já que a pandemia de covid-19 vem piorando desde o final do ano passado.

Hecatombe

Mesmo diante da gravidade do problema, onde o país tem hoje, mais de 10.300 milhões de contaminados e um número de astronômico de mortos de perto de 250.000 pessoas, sendo São Paulo o maior estado com certa de 20% dos contaminados, ou seja, o correspondente a 1.990.554 e, perto de 24% do total de mortos do país, o que corresponde a 58.199, desta forma o estado, de longe com o maior percentual de mortos e contaminados, onde os prefeitos golpistas, a exemplo do governador João Doria Jr. do também golpista PSDB, o “científico” que está forçando os professores, funcionários e alunos, a terem aulas presenciais, alastrando assim o Covid-19. O prefeito interino Campanella está seguindo o mesmo passo do governador golpista que não é capaz e não tem preocupação nenhuma de vacinar a população de São Paulo, pois a vacina prometida é uma agulha no palheiro diante do contingente de habitantes no Estado.

A professora Rafaela relata ainda que todos os educadores, mesmo os de grupo de risco tiveram que dar aulas e, somente após o dia 09 de fevereiro é que seria publicada uma normativa sobre o sistema de home office para os servidores nessas condições, ou seja, a prefeitura é criminosa contumaz.

De acordo com a reportagem de Rede Brasil Atual, no dia 15, Rafaela sentiu o primeiro sintoma: falta de ar, ao subir uma rampa na escola e ao ler trecho de um livro para seus alunos. No começo, ela pensou ser reflexo da própria gravidez. Nos dias seguintes, passou a sentir cansaço, dores, tosse e febre. No dia 21, já apresentando sintomas há alguns dias, a professora recebeu a confirmação do teste positivo para covid-19. A portaria que lhe garantiria a atuação em home office só foi publicada hoje (23).

A situação do município diante das aulas presenciais

“É muito difícil e cruel se sentir pressionada a fazer alguma coisa em que você está muito insegura e com medo de fazer. Voltar às aulas presenciais no momento em que estávamos de uma possível segunda onda. E, após cinco dias com os alunos e nove dias no ambiente escolar, me vi com o que eu mais temia, testando positivo para covid-19. Com uma sensação de impotência, pois neste momento não tenho mais o que fazer a não ser tratar os sintomas e torcer que nada demais grave ocorra comigo e com minha filha. Enquanto meus amigos seguem correndo o risco em sala diariamente”, disse Rafaela.

Levantamento organizado pelos servidores públicos da prefeitura de São Caetano, até ontem (22), mostra que as escolas de São Caetano do Sul já registram 36 casos confirmados de covid-19. Destes, 34 professores e funcionários e dois estudantes. Além de 46 casos suspeitos, sendo 44 de docentes e funcionários e dois entre alunos. Todos os servidores tiveram de retomar suas atividades, mesmo maiores de 60 anos, doentes crônicos ou grávidas. (RBA – 23/02/2021)

O que está ocorrendo em São Caetano é o retrato do que está ocorrendo em todos os municípios do estado de São Paulo, fruto da política genocida do João Doria, tido como o “científico”, mas que está levando os professores, estudantes e funcionários, bem como, o conjunto da população do estado a e se aproximar de uma cova mais próxima. Ou seja, Doria não está fazendo nada para combater o coronavirus, a não ser discurso e demagogia. Esse diário vem denunciando essa farsa e, desta forma, colocando em evidencia a nossa política de que a volta às aulas presenciais, sem que tenha vacina para todos e com o fim da pandemia é o caminho mais perto para aumentar exponencialmente a catástrofe já existente, tanto em São Paulo, como em todo o país.

Aos professores resta se unificar diante de uma luta conjunta através da greve, onde impeça que as aulas presenciais que levarão milhares, senão milhões de profissionais da educação, entre professores, alunos e funcionários a contrair o covid-19 e morrer, como vem ocorrendo em São Paulo, tanto no estado quanto na capital, portanto devem se juntar e aderir à greve, que já é realidade em São Paulo (estado e município) e que farão ato unificado, na av. Paulista, na próxima sexta-feira (26) e que está se alastrando para outros municípios, como Santo André, por exemplo, mas que deve atingir todo o país.

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