Elton Medeiros, sambista, compositor, negro, morreu aos 89 anos, morreu nesta quarta-feira (4) vítima de complicações de uma pneumonia. Parceiro de Cartola e parceiro de Paulinho da Viola, passou mal e foi levado para a casa de Saúde, Pinheiro Machado, onde morreu por volta das 20h15min.
Considerado um dos maiores nomes do Samba brasileiro, desde dos 14 anos já compunha sambas para o carnaval. É fundador do bloco Tupi de Brás de Pina. Elton era atuante em movimentos em prol da música popular brasileira. Foi um dos idealistas do bar Zicartola.
O sambista gravou alguns discos como “Samba na Madrugada” e “quatro grandes do Samba”. Dono de uma personalidade muito forte sempre militou em defesa do puro samba, genuinamente brasileiro. Era contra o samba de caráter capitalista, sem respeito às raízes, era uma vanguardista do samba de belas melodias.
Entre suas obras estão “O Sol Nascerá” nascido por volta de 1962, “Peito Vazio”, e se destacou no grupo Voz do Morro, gravou sambas de alta estirpe poética e melódica como “Recomeçar”(1979), “Onde a dor não tem razão” (1981) e “Ame” (1996), e fez o magistral “Mascarada”(1964), dentre outros.
Elton Medeiros entrou para a galeria dos imortais da música do Brasil.