Nessa semana o governo Bolsonaro, jutamente com a corja golpista, anunciou mais um duro golpe contra a população. Desta vez, os golpistas querem, com uma nova Proposta de Emenda Constitucional, retirar de uma vez 30 bilhões de reais dos cofres públicos e transferir esse montante para os cofres privados dos banqueiros e grandes capitalistas. O que no linguajar golpista é chamado de “corte de gastos”, mas que na realidade significa um imenso assalto do poder público contra a população.
O relatório desse roubo catastrófico é do senador Marcio Bittar (MDB-AC), que aproveitou a crise dentro do bloco golpista a respeito da “Renda Brasil”, proposta do Ministro da Economia do governo da fome e da miséria que pretende destruir o benefício que impede que milhões de brasileiros prejudicados pela política criminosa da direita caiam na fome completa. Além de destruir o Bolsa Família, o projeto pretendia destruir inúmeros programas de assistências e até direitos trabalhistas por um valor que se fosse chamado de esmola seria um elogio; 300,00 reais para perder o Bolsa Família, o abono-salarial, o seguro-defeso, o salário-família, etc…
Mesmo sendo algo asqueroso, o projeto não gerou um consenso dentro do bloco golpista, do bolsonarismo a direita tradicional, passando pelo Centrão. E essa PEC mostra exatamente o porquê. O plano daqueles que articularam o golpe de Estado não é trocarem 10 por 3, mas 10 por absolutamente nada. O que demonstra a política agressiva dos golpistas contra os setores populares. E que essa política neoliberal e nefasta não tem nenhum limite determinado, na medida em que o golpe se aprofunda, mais agressiva essa política econômica se torna.
Se colocarmos em uma perspectiva das circunstancias em que as massas populares vivem teremos ainda mais clareza do aprofundamento dessa política. No Brasil durante a pandemia nós temos mais de 4 milhões de infectados e 130 mil mortos. Um valor absolutamente incompatível da cesta básica em comparação com o salário mínimo do brasileiro e, ainda mais, do nível de desemprego histórico que vive o País; o que podemos concluir que a renda mínima de metade da classe trabalhadora é menos ainda que o salário mínimo ditado pela burguesia, isto é, uma renda de fome total.
Para concluir, é importante ressaltar a frase do golpista relator do roubo: “O ideal é que esse mundo de brasileiros que precisa do Estado para se alimentar durma no dia 31 dezembro já com o projeto aprovado”.
Nada mais canalha de se dizer. Para responder essa verdadeira afronta é necessário inverter a frase: para o mundo de brasileiros que precisa do Estado para se alimentar durma no dia 31 de dezembro já sem os golpistas para oprimi-los e deixa-los a mercê da fome e da miséria; pois é isso que pretende o relator do projeto da miséria. É necessário que as organizações de esquerda, populares, realizem uma verdadeira mobilização de massas para derrubarem o governo genocida de Bolsonaro e todos os golpistas, como Bittar!