O governo de Donald trump advertiu, essa semana, o governo de Bashar Al-Assad sobre uma possível “ameaça de tragédia humanitária” com a iminente ofensiva do exército sírio sobre a província de Idlib, último foco dos grupos de oposição a Assad no país. O governo dos EUA, utilizando de um discurso demagógico de defesa dos direitos humanos, busca chantagear o governo sírio diante da vitória praticamente certa das força favoráveis a Assad contra o imperialismo e seus grupos de “rebeldes” infiltrados no país.
A ofensiva do exército sírio conta com o apoio da Rússia e do Irã. Os EUA, em uma medida desesperada, buscam apelar para a ONU para que o ataque não seja realizado, quando na realidade toda a crise humanitária na Síria é consequência direta da política de guerra levada a cabo pelos países imperialistas, tendo os EUA como principal liderança, contra o governo de Assad.
Desde 2011, os países imperialistas vem tentando derrubar o governo sírio por meio de uma guerra desenfreada, milhares de pessoas já morreram no conflito, os números alcançam a casa de 300 mil pessoas, devido a ofensiva armada de países como os EUA e a França contra o governo de Assad.
Além da campanha militar, há também uma intensa campanha nos meios de comunicação imperialistas contra o regime de Assad, acusando-o de ditador e de ter usado armas químicas contra a própria população. Até hoje, isso, no entanto, não foi provado, não passando de uma manipulação da imprensa contra o governo sírio.
Nos últimos anos, no entanto, as forças favoráveis ao governo da Síria vem impondo uma derrota contra a ofensiva imperialista. Em abril desse ano, em uma medida desesperada, EUA, França e o Reino Unido lançaram um bombardeio de mais de cem mísseis contra o território sírio, a maior parte acabou sendo abatida pelo exército da Síria.
No último período as forças favoráveis a Assad vem ganhando território e minando os grupos de oposição, os quais nada mais são do que grupos mercenários financiados pelo próprio imperialismo. Com a iminente derrota, os EUA lançam mão de mais uma tentativa de conter o governo sírio, por meio da chantagem. O fato é que a vitória do governo sírio representa uma grande derrota para o imperialismo, o qual, nos últimos anos, não vem conseguindo conter a crise na região, sofrendo uma série de derrotas políticas, como é o caso do Afeganistão e do próprio Iraque. Mais uma derrota que revela a fraqueza do imperialismo diante do aprofundamento da crise política no globo.