Após o presidente Jair Bolsonaro admitir em entrevista que o Brasil pode entrar em uma grande depressão, foi a vez do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, admitir o fracasso do governo e colocar abaixo as estimativas para a economia brasileira em 2020. Roberto disse em uma live no último sábado (4) que o Brasil pode ter uma retração econômica de 5,5%, muito pior em relação ao que o governo vem apresentando, tentando enganar os brasileiros.
O cenário em que o Brasil e os brasileiros se encontram não deixa dúvidas de que estamos entrando em um caos jamais visto. A economia brasileira já vinha apresentando números desanimadores, afinal as políticas neoliberais só prejudicaram os trabalhadores, e agora tudo se encaminha para que isso piore, já que os interesses econômicos continuam os mesmos.
Com a economia parada, sem uma previsão de volta a normalidade e políticas que não visam a distribuição de renda e a sobrevivência dos trabalhadores as perspectivas não poderiam ser outras. O Brasil, que já tinha milhões de desempregados, vê a cada dia que passa esse número crescendo, aumentando também o número de brasileiros que entraram para a extrema pobreza. A pandemia ainda pode ser mais violenta se levarmos em conta problemas crônicos como o acesso à água e rede de esgoto, tão essenciais já que a higiene é algo extremamente importante para se prevenir do vírus.
Os problemas que a crise está trazendo são completamente claros e visíveis, as soluções também, mas isso não importa para a equipe do ministério da Economia. Enquanto o trabalhador informal e os desempregados irão receber apenas R$600 por mês para enfrentar uma crise de proporções incertas, bancos receberam mais de R$1,2 trilhão. Os trabalhadores que ainda possuem emprego formal podem ter contratos suspensos e redução em seus salários de até 70%, ou seja, o governo parece andar na contramão daquilo que seria o certo para evitar o colapso da economia brasileira.
Além dos problemas imediatos, o brasileiro precisará de um governo consistente para enfrentar os problemas que vem depois da pandemia. Já vimos que não é o governo de Bolsonaro que irá conseguir fazer isso, afinal suas políticas são e vão continuar sendo para benefício cd uma pequena parcela da população. Estas estimativas de uma queda na economia tão drástica não são apenas pela crise, mas também porque podemos reconhecer que as necessidades dos trabalhadores não serão supridas. A derrubada do governo Bolsonaro não é apenas uma questão econômica, é uma questão de sobrevivência dos trabalhadores.