Com a pandemia ocasionada pelo coronavírus, torna-se imprescindível medidas que garanta a vida das pessoas infectadas pelo vírus. Mas tais medidas geram custos, e justamente em um momento que exige uma grande soma de recursos a curto prazo para atender as demandas que a gravidade da situação exige, o presidente da câmara, Rodrigo Maia (DEM), em pleno momento de calamidade pública, coloca em pauta a redução de 25% do salário dos servidores federais de todos os poderes, com a justificativa de realizar ações de combate ao novo coronavírus.
Fica evidente a aliança do presidente da câmara com a extrema direita, se aproveitando da atual situação, para impor a reforma administrativa, com a desculpa de socorrer o sistema de saúde, que tem sido sucateado desde a reforma do teto de gastos (Emenda constitucional 95), aprovada ainda sob a gestão do golpista Michel Temer (MDB).
Mais uma vez, essas frentes amplas surgem contra os servidores públicos, que poderão ser onerados com uma medida covarde, sob o pretexto de reequilíbrio fiscal, mas em momento algum, identificamos em pauta medidas para taxação de lucros das grandes corporações, ou uma reforma bancária. Ao contrário, os mesmos têm sido contemplados com generosos aportes de capital, para que os mesmos continuem lucrando como sempre lucram, às custas dos trabalhadores, que são os que sempre pagam pela farra dessa elite.
Não está previsto a redução de salários para servidores que ganham valores reduzidos, porém o limite desses valores ainda não foram divulgados, ou seja, fica para a interpretação dos nossos representantes do governo definirem o que seria um “valor reduzido”, sem mencionar que o fato abre precedentes para que seja possível a redução de todas as categorias, no momento que bem desejarem.
A CUT e os sindicatos dos servidores, devem se opor veementemente contra essa medida absurda, onde é proposto apenas que os servidores paguem as contas, sem um mínimo esforço da burguesia. detentora do capital financeiro.