A política privatista do governo golpista de Bolsonaro segue a todo vapor, principalmente diante de tantas manobras para provocar uma crise na gestão pública, como o sucateamento, para forçar a influência na iniciativa privada nessas áreas públicas. Assim, o governo dos golpistas irá consentir à iniciativa privada cerca de mil creches cujas obras não foram concluídas. Segundo os golpistas, a “falta de recursos” para finalizar essas obras mostra a necessidade da interferência da iniciativa privada nesses empreendimentos.
O plano inclui que o governo pode comprar parte dessas vagas para ofertar pela sociedade, mas sabe-se que, uma vez que a iniciativa privada toma conta, são os grandes empresários que irão ditar as regras. Segundo a secretária especial do Programa de Parcerias de Investimentos, Martha Seillier, as empresas privadas que vão gerir as obras poderiam vender 100% ou não das vagas para o governo, mostrando o quanto a educação tem sido cooptada cada vez mais pelo mercado financeiro e virado um produto rentável.
Para Seillier, o governo deveria comprar parte dessas vagas para compensar o investimento feito pelas empresas privadas, o que é um absurdo, pois o Estado tem total condição de dar continuidade a essas horas, mas como todos os serviços para a classe trabalhadora são tratados como lixo, não há esse interesse por parte dos direitistas.
A falta de creche já é um problema muito grande no Brasil, mulheres trabalhadoras não conseguem avançar no mercado de trabalho justamente por não terem creches para deixar os filhos e agora o Estado, além de não conseguir prover o básico, ainda vai privatizar os serviços já existentes, nesse caso, as creches, criando ainda mais obstáculos para a classe trabalhadora.
É urgente continuar a chamar o Fora Bolsonaro, antes que todos os serviços públicos sejam tirados da classe trabalhadora e a privatização tome conta do País.