O governo federal está propondo que os estados realizem um ajuste fiscal brutal contra a classe trabalhadora, incluindo privatizações como a das redes de esgoto e água, congelamento de salários de funcionários públicos e demissões para que recebam dinheiro do chamado plano Masuetto.
O plano consiste em realizar uma série de empréstimos para os estados e municípios, porém, que os estados e municípios que fizerem o uso desses empréstimos, devem congelar os salários dos servidores públicos por dois anos, além de realizar uma série de medidas como privatizações.
Esse plano, no entanto, não vem de agora, mas já havia sido apresentado antes da pandemia do coronavírus, para, mas, agora, ganha maior importância devido ao endividamento dos estados por conta da crise.
Isso nada mais é do que mais uma transferência indireta de dinheiro para os grandes capitalistas, às custas da população. Com os cortes de salários e as privatizações, os grandes capitalistas irão ganhar praticamente de graça inúmeras empresas por meio do ajuste fiscal às custas da população.
Não se trata portante de um plano de combate ao coronavírus e à crise capitalista, mas sim, de um plano para que os estados entreguem as empresas do povo brasileiro para os capitalistas e diminua o salário dos servidores. É mais um ataque aos trabalhadores e à população pobre, que o governo federal e os governos estaduais estão deixando ao relento durante uma das piores crises humanitárias de toda a história.
Há de se destacar também o fato de que, enquanto o governo cria um plano desses, cheio de requisitos para emprestar dinheiro para os estados do país, o mesmo governo já destinou 1,2 trilhão para os bancos suportarem a crise do COVID-19. O plano Mansuetto, no entanto, gastaria por volta de 180 bilhões de reais.