Nessa sexta-feira (30) foi publicado no Diário Oficial da União, o nome do novo reitor da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), mais uma indicação do presidente ilegítimo Jair Bolsonaro.
Pelas normas vigentes, a universidade apresenta ao governo uma lista com os três candidatos mais bem colocados nas eleições, e então cabe ao governo decidir quem ocupará o cargo.
A prática adotada desde o Governo Lula, é conduzir ao cargo de reitor, o candidato mais votado, ou seja, o primeiro na lista, o que obviamente, atende a uma lógica mais democrática.
Acontece que para Bolsonaro e seus seguidores, a escolha não deve ser da universidade, e que a universidade não é “de quem estuda nela”.
Ou seja, a reitoria deve ficar sob o controle dos golpistas, como é o caso da UFFS e de outras universidades, como estamos vendo desde o início do governo.
Marcelo Recktenvald, escolhido por Bolsonaro, ficou em terceiro lugar na consulta eleitoral à comunidade acadêmica e não se capacitou para o segundo turno.
Derrotado, ele ainda se inscreveu na disputa no colégio eleitoral – que é a que decide a lista tríplice a ser enviada ao Ministério da Educação – e ficou novamente em terceiro lugar, com apenas quatro votos.
No entanto, Marcelo foi o escolhido por Bolsonaro.
Professor, pastor, apoiador do presidente fascista, Marcelo se descreve nas suas redes sociais como: “cristão conservador, defensor da família, pastor batista e professor da UFFS”.
O futuro reitor já confirmou seu apoio ao programa “Futura-se”, e faz forte defesa da criminosa operação Lava Jato.
Segundo ele, sua trajetória de vida, seu currículo e perfil conservador tenham sido decisivos para a escolha do presidente.
Apesar dessa “quebra de padrão” não ser ilegal, fica claro o ataque a autonomia universitária, estão colocando golpistas para controlarem a comunidade acadêmica e assim destruir totalmente as universidades públicas.
Nesse sentido, é preciso defender a mais completa autonomia universitária diante do Estado burguês. A Universidade é local de organização dos estudantes, de democracia estudantil. Esse controle dos golpistas sobre a Universidade é uma ditadura contra o movimento estudantil e popular. Contra essa série de ataques que as universidades vem sofrendo, é preciso convocar uma ampla mobilização do corpo estudantil pelo Fora Bolsonaro.