Um dos principais motivos do golpe de Estado é esfolar a classe operária.
Os ataques aos direitos dos trabalhadores não param. Depois da “maravilha” da “reforma”trabalhista e da terceirização que iria aumentar o número de empregos, rasgaram a Consolidação das Leis Trabalhistas, inventaram a figura do trabalho intermitente, ameaçam condenar todos os trabalhadores a morrerem trabalhando, sem aposentadoria. Agora, o presidente ilegítimo Bolsonaro desfere mais uma facada nas costas de todo mundo: está liberado o trabalho aos domingos e feriados.
A nova facada atinge 78 setores da economia.
De novo, a desculpa é que isso pode incentivar a geração de emprego. A falta de noção é que “com mais dias de trabalho das empresas, mais pessoas serão contratadas”.
Nós sabemos que não é assim. Não vai haver mais empregos. Os capitalistas vão simplesmente sugar mais os empregados que já têm, não contratar novos.
Muitos desses 78 setores já operam em domingos e feriados, alguns irregularmente.
O secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, diz que pretende reduzir barreiras à abertura de empresas e dar mais liberdade para que empresas possam produzir e empregar, inclusive em domingos e feriados.
A Portaria assinada por Marinho detalha quais setores terão a permissão permanente a funcionar nesses períodos.
E vem mais: a Secretaria de Previdência e Trabalho também prepara um corte de 90% das normas de saúde e segurança no trabalho! São 37 normas regulamentadoras, conhecidas como NR’s, que reúnem 6,8 mil regras distintas.
Para o governo, essas normas de saúde e segurança todas só atrapalham as empresas capitalistas que, “coitadinhas”z, vivem tendo de pagar multas e subornar fiscais do trabalho. É uma carga que impacta diretamente a competitividade dos produtos brasileiros.
Se os trabalhadores não se mexerem e não forem às ruas para tirar a direita do poder, o rolo compressor não vai parar. Esse governo ilegítimo é representante dos capitalistas, não do povo, e não tem dó: vai tirar todo o sangue até a última gota da classe operária.