Um dos principais objetivos do golpe de estado é a privatização dos setores mais importantes da economia nacional. Dentre estes, está o setor elétrico, a Eletrobras. A proposta de entrega da empresa brasileira para os monopólios internacionais está em tramitação no Congresso Nacional, todavia, a privatização da empresa encontra-se em um impasse dentro da Câmara e do Senado e tudo indica que não ocorrerá esse ano.
A medida provisória precisaria ser votada até o dia 1 de junho no Congresso para não perder a validade, no entanto, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, do DEM, afirmou que não há condições de realizar a votação, que a medida perderá sua validade.
O impasse na venda da Eletrobras revela o impasse do próprio golpe de estado. Diante do verdadeiro assalto promovido à economia nacional pelos setores mais pró-imperialistas, ocorre, ao mesmo tempo, uma certa resistência por parte dos setores ligados à burguesia nacional, os quais não querem aceitar, de maneira acabada, o projeto de terra arrasada do imperialismo.
A campanha de privatização da empresa brasileira já fez o lucro da Eletrobras despencar 96% em relação ao último ano. Há também uma proposta de corte em 50% no quadro de funcionários. Tudo para entregar a empresa de bandeja para os capitalistas internacionais.
É preciso ter claro que a única forma de impedir a venda da Eletrobras e das de mais empresas nacionais é por meio da mobilização contra o golpe de estado, contra a política privatizadora dos golpistas