Declaração do ilegítimo Ministro da Desestatização, Salim Mattar, de que o Governo Federal vai interferir na gestão de fundos de pensão de estatais é mais um ponto que revela o que está por trás do golpe de Estado no país: assaltar os trabalhadores em benefício de meia dúzia de capitalistas parasitas.
O Brasil conta com 369 fundos que administram um patrimônio de R$ 460 bilhões com 6,5 milhões de beneficiados, incluindo participantes, assistidos e dependentes.
Os governos neoliberais, Collor de Mello e FHC (PSDB) vêm utilizando os fundos de pensão das empresas estatais para atacar a população com a utilização desse gigantesco recusros, Previ (Banco do Brasil), Funcef (Caixa Econômica) e Petro (Petrobás) que somam um patrimônio de mais de R$ 220 bilhões, através das privatizações.
Dentre esses fundos, a Previ (Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil) é o maior fundo de pensão do país, o maior da América do Sul e o 34º no ranking mundial.
A Previ tem tentáculos acionários em 61 das maiores empresas brasileiras em setores vitais como energia, telecomunicações, siderurgia, mineração e aviação. Gigantes como a Vale do Rio Doce, CSN (Companhia Siderugica Nacional), boa parte do sistema Telebrás, Embraer e Paranapanema, hoje todas privatizadas, pertencem em parte à Previ.
O que efetivamente está por trás das declarações do ministro da desestatização do governo dos Chicago Boys golpistas é utilizar esse gigantesco recurso dos trabalhadores para beneficiar os capitalistas e banqueiros nacionais e internacionais, patrocinadores do golpe de Estado.
Os fundos de pensão das estatais são patrimônio construídos pelos trabalhadores e só a eles cabe o seu gerenciamento, e por isso devemos lutar por uma Previ controlada única e exclusivamente pelos trabalhadores.