Seguindo a política de massacre da população para cumprir os compromissos firmados com o golpe, o governo Bolsonaro, após ter anunciado a diminuição do gás natural em 10%, divulga desta vez o aumento do gás de cozinha e o industrial em 5% na sexta-feira, 27 de dezembro .
Desde o golpe de 2016, a Petrobrás vem modificando as regras de reajustes do GLP (Gás liquefeito de Petróleo). Inicialmente os preços eram revistos a cada 3 meses de acordo com a média de preços internacionais. Em agosto ocorreu outra mudança, os reajustes passaram a ocorrer a qualquer tempo seguindo os reajustes internacionais, garantindo assim os lucros das distribuidoras e os acionistas da Petrobrás, agora quase que totalmente privatizada.
Nos governos anteriores, a política de preços era de subsídio. Embora os preços internacionais subissem, estes não eram repassados aos consumidores, especialmente aqueles mais pobres, que utilizavam as botijas menores que 13 Kg. Os integrantes do Conselho da Petrobrás do Governo Dilma, após o golpe de estado, chegaram a ser processados pelo Ministério Público Federal do Rio de Janeiro por improbidade administrativa com a alegação de manterem os preços baixos e assim darem prejuízo à Petrobrás. Lembremos que na época a empresa estava entre as 20 maiores do mundo, segundo a revista Forbes. Com o golpe e a Lava Jato, as coisas mudaram, ou seja, nada de subsídio, tem que dar lucro aos acionistas, o povo que cozinhe na lenha.
Importante ressaltar que o valor de acréscimo em 5% pode refletir de forma desigual nos diversos estados, pois a variação de preços leva em consideração inclusive os valores de frete.
Entre 2004 e 2014 a variação de preços da botija de 13 kg, foi em média 30,17 para 43,7. Já de 2014 para 2019, a botija saltou dos 43,7 para 80,00 nos estados mais distantes, praticamente dobrando seu valor, excedendo em muito a variação inflacionária. O resultado desta política já é de conhecimento de todos, a cada dia mais famílias voltam a cozinhar com lenha, isso quando há o que cozinhar, tendo em vista as estatísticas que apontam a volta da fome no país.
A política de reajustes do governo golpista reflete o seu compromisso com aqueles que financiaram a derrubada da presidente eleita com a finalidade de colocar no poder qualquer um que estivesse alinhado com os interesses do imperialismo. A mudança nas regras de exploração do petróleo, a venda da refinarias, os leilões à preço de bananas das plataformas e, por fim, a política de reajustes dos derivados do petróleo, fazem parte da política de saque e expropriação das riquezas nacionais. O presidente ilegítimo não passa de um marionete do imperialismo e se quisermos sair do buraco no qual entramos apenas uma saída é possível: Fora Bolsonaro e todos os golpistas!