O Ministério da Economia anunciou nesta sexta-feira (11) que irá propor novas alterações nas leis trabalhistas, criando um assim chamado “contrato diferenciado” que só vai valer para quem tem salários abaixo dos R$2000,00 mensais. Seria o contrato de trabalho dos pobres.
Como o desemprego e o subemprego crescem em todo o país, o governo golpista quer usar a situação de fragilidade destes trabalhadores, justamente os mais expostos à exploração do capital, para abrir caminho para levar o brasileiro pobre a um regime análogo à escravidão.
Desde a reforma contra os direitos e garantias trabalhistas do golpista Temer, aquela mentira de que facilitar a exploração traz aumento de empregos, como era de se esperar, jamais se cumpriu.
Com a economia em frangalhos diante da crise terminal do capitalismo, é óbvio que retirar salvaguardas jurídicas, principalmente dos mais pobres, não vai levar a nenhum aumento no número de empregos, mas a pura e simples superexploração, situação tão desejada pelo grande capital, como única forma de arrastar por mais algum tempo o falido sistema econômico mundial da burguesia.
Não resta dúvida de que o povo tem que lutar contra mais este ataque, e lutar já.
A única saída para o desemprego nestas épocas de fim do capitalismo é a luta pela redução da jornada de trabalho, sem redução dos salários. Trabalhar menos horas, para que trabalhem todos.
Neste sentido, o Partido da Causa Operária lançou, no último Congresso da CUT, que terminou nesta última quinta-feira (10), todo um plano de lutas que coletou mais de mil assinaturas entre os delegados presentes, e onde se inclui uma proposta séria da classe trabalhadora contra o desemprego.
Assim diz o plano:
“Contra o flagelo do desemprego, lutar pela redução da jornada máxima para 35 horas semanais
O desemprego é a maior, das aflições que podem atingir um trabalhador sob o capitalismo.
No governo fascista de Bolsonaro, essa política nociva está sendo estimulada com a destruição da economia nacional, privatizações, terceirizações, extinção de cargos e congelamento de concursos públicos, implementação da reforma trabalhista etc.
É preciso lutar pela adoção de um plano de emergência de combate ao desemprego sob o controle das organizações operárias, pela estabilidade no emprego para todos os trabalhadores, escala móvel das horas de trabalho, pela imediata redução das jornadas de trabalho para 35 horas semanais, sem redução dos salários, pelo salário desemprego igual ao dos trabalhadores da ativa; por um plano nacional de obras públicas sob o controle dos trabalhadores e das suas organizações de luta.
Contra o desemprego, reduzir já a jornada de trabalho para 35 horas!”
A burguesia incompetente que pague as contas de seu sistema destruído. Chega de jogar o prejuízo nas contas do povo. É hora de organizar essa luta por todo o Brasil.