O vice-presidente da República, General Hamilton Mourão, decretou na segunda-feira, dia 31, o fim da operação Verde Brasil 2, uma das maiores operações de defesa dos latifúndios já realizadas pelo governo.
Após a crise causada pela “passada da boiada” proposta por Ricardo Salles, foi gerada uma crise interna no Comitê Orientador do Fundo da Amazônia. O ocorrido gerou um racha entre os latifundiários e as ONGS. Um mês após o ocorrido, Mourão removeu Salles da presidência do comitê como a desculpa de estar tentando fazer com que o financiamento norueguês e alemão voltassem, algo que não ocorreu.
Com o ministro estando afastado, o General, para realizar demagogia com os ambientalistas, colocou os militares na Amazônia sob a desculpa de “realizar uma operação para proteger nosso bioma”, operação esta dirigida pelas forças armadas. Assim se deu início à operação Verde Brasil 2, em maio de 2020.
A mentira contada pelo vice-presidente militar foi a de que a operação iria servir para deter as queimadas ilegais e o desmatamento após o alto nível desses ocorridos desde a posse de Bolsonaro.
Os militares se embrenhavam nas florestas amazônicas à procura de desmatadores ilegais, o mais interessante sobre o caso é que quase nenhum latifundiário foi punido, o que soa muito estranho já que é de conhecimento público que a esmagadora maioria dos casos de grilagem de terra, desmatamento, queimadas são culpa dos latifundiários que agem como verdadeiros criminosos ambientais no quesito de destruir a floresta amazônica. Isso sem contar que os donos de latifúndios também agem como assassinos em relação aos sem terra, quilombolas e indígenas.
Durante a mesma época, o ministro serviçal dos latifúndios, Ricardo Salles, diminuiu em 37% as multas do IBAMA. Salles também, em 22 de Outubro, o Ministro removeu 1400 brigadistas do IBAMA que trabalhavam com as FA.
O resultado da Operação Verde Brasil 2 foi absolutamente inútil, tal como a própria existência da farsesca operação. No ano passado a devastação foi de 11 mil km2, 10% a mais que no ano anterior à operação.
O ocorrido demonstra que, na verdade, a operação foi apenas uma farsa, uma tentativa de encobrir os latifundiários se utilizando de menores extratores ilegais de madeira. A situação estava tão desesperadora que os próprios militares tiveram que assumir a operação de esconder os crimes promovidos pelos donos dos latifúndios.
É algo escancarado, a ligação entre os militares – que sempre serviram como cães de guarda dos latifúndios – e os latifundiários, quando a situação entra em crise os latifundiários já sabem a quem pedir socorros.