O governo do Estado do Rio de Janeiro conseguiu autorização da justiça para fechar o hospital de campanha instalado no Maracanã. Os funcionários estão há três meses sem receber e aguardam também o pagamento da rescisão de contrato.
O hospital de campanha a ser fechado já estava há mais de três meses sem receber pacientes, fruto das ações dos governos federal, estadual e municipal em não testarem as pessoas, garantindo a flexibilização da economia como desejado pela burguesia.
Colchões, tomógrafo e outros equipamentos comprados e não usados mostram o quão mentirosa foi a política de “construção” de hospitais de campanha no Brasil. Gastaram-se somas vultuosas de recursos apenas para aumentar a quantidade de leitos e permitirem que o comércio fosse reaberto. Como pouco se testa, enquanto os hospitais, como o do Maracanã, ficam vazios, a população morre aos montes.
A COVID-19 continua matando no Rio de Janeiro. A Justiça, que tirou Wilson Witzel, agora vota pela manutenção da mesma política genocida do governador. Isto mostra que o impeachment de Witzel é uma farsa, arquitetada apenas para impedir que capitalizasse em cima da imensa desaprovação de Bolsonaro através de políticas demagógicas.
O fechamento de hospitais e a planejada reabertura de escolas, que está por um fio de ocorrer, são os acontecimentos da vez para os genocidas. O plano de esfolamento do povo para manutenção dos lucros da burguesia durante a crise é um ataque total aos trabalhadores. Tanto na esfera nacional, pela retirada de direitos e falta de assistência à população, quanto nas esferas estaduais e municipais, pelas políticas “faz-de-conta” implementadas por governadores e prefeitos que nada de “científicos” ou “civilizados” um dia tiveram.
O que se tem claro é que a retirada de Witzel, sem participação popular, não melhorará as condições de vida da população fluminense, pelo contrário, servirá apenas para tornar a situação política no Rio de Janeiro ainda mais confusa. Ainda mais que a própria esquerda carioca, representada principalmente pelo PSOL, comemora a queda de Witzel como uma vitória, sem atentar-se que não passa de uma manobra para enganar os mais tolos.
Apenas a mobilização da população, da esquerda, dos movimentos sociais e dos sindicatos poderá retirar do poder Bolsonaro e os demais golpistas, que utilizam sua posição para espoliar tudo que podem, e garantir o retorno a um ambiente minimamente “democrático” através de eleições gerais e da candidatura irrestrita do ex-presidente Lula.