A crise interna no governo Bolsonaro vem se estendendo desde o primeiro ano de seu mandato. Agora, principalmente após as declarações dadas pelo general Augusto Heleno a propaganda contra o congresso feita por Bolsonaro e seus apoiadores, muitas da pautas que tramitam no parlamento entraram em impasse, e o governo teme as chamadas “pautas bombas”, relacionadas sobretudo a questão do salário minimo.
Desde o ano passado o trabalhador brasileiro não tem aumento real no salário minimo, fazendo com que dezenas de milhões de pessoas que sobrevivem graças ao mesmo sejam obrigadas a viver ainda mais em um estado de pura miséria.
O salário minimo brasileiro nunca correspondeu as reais necessidades da sua população, no entanto, agora nem mesmo permite a sobrevivência primordial dos trabalhadores, algo impulsionado pelas medidas neoliberais e entreguistas que causaram um estado em que o povo não recebe praticamente nada e o número de desempregados só aumenta junto com a elevação dos preços.
Como alternativa, vários setores do congresso vem se mexendo, principalmente pela grave crise que toma o país e possibilita a inflamação popular, em relação a questão do salário minimo.
Propostas como as dos direitistas Eduardo Braga (MDB-AM) que indicam um aumento real do salário até 2023, e Paulinho da Força (Solidariedade), que diz que a MP do aumento salarial deve começar a valer desde já, indicam o tom da crise que vem se aprofundando no congresso.
Em relação a todas essas movimentações e o caos econômico que encontra-se o país, com números absurdos de desempregados e muitos vivendo na miséria absoluta, o governo do fascista Jair Bolsonaro deseja um plano ainda maior de arrocho salarial, empurrando toda a crise goela abaixo dos trabalhadores.
De acordo com o governo, elevar o salário minimo na verdade não será bom para o povo, de acordo com seus grandes “especialistas” a serviço de empresários, caso o salário minimo tenha um aumento real o número de desempregados irá aumentar e mais gente será demitida, colocando mais e mais pessoas na informalidade.
Sendo assim, para 2020 a proposta se reduz a reposição da inflação medida pelo INPC, sem qualquer aumento real. Dessa forma, nas mãos do governo Bolsonaro o trabalhador brasileiro será jogado em um estado cada vez mais calamitoso, em uma absoluta miséria, como uma forma de segurar os lucros dos grandes capitalistas e dos banqueiros internacionais.
O trabalhador brasileiro nada tem a ver com a arrecadação dos grandes capitalistas, e sim necessita de um forte aumento no salário e uma política de combate ao desemprego real para solucionar seus problemas, por isso a luta pela redução de horas de trabalho e aumento no salário minimo são lutas condizentes com nossa realidade e que devem ser levadas a frente por todo o movimento popular, aumentando os salários e abrindo novos empregos.