Com a finalidade de atender as demandas da burguesia e do imperialismo da necessidade do retorno às aulas, o governo golpista de Bolsonaro, a partir do Ministério de Saúde, anuncia a destinação de mais de R$ 400 milhões para que os municípios voltem com suas atividades escolares. A verba seria destinada a compra de materiais como álcool, máscaras, produtos de limpeza e termômetros.
O ministério também elaborou uma orientação para professores e profissionais da educação em relação as medidas a serem adotadas para reabertura das escolas da rede básica municipais, estaduais e federais, em todos os níveis de ensino.
A ajuda financeira não poderia ser mais farsesca. Se trata de uma verdadeira tentativa de suborno aos professores, diretores e demais profissionais das escolas para convencê-los de que há alguma possibilidade para volta às aulas. A reabertura das escolas no atual patamar da pandemia representa um genocídio da população pobre, tanto de alunos como de seus familiares.
Do total dos R$ 454 milhões, serão destinados R$ 65 milhões para 645 municípios do Estado de São Paulo, governado pelo fascista João Dória que pretende reabrir as escolas muito em breve. A pressão da burguesia para o retorno das atividades econômicas é o principal fator para forçar a volta às aulas. Além disso, defende-se, em muitos casos, a volta no modelo híbrido, que é uma forma de camuflar um dos propósitos dos capitalistas: a privatização completa do ensino através da implementação da modalidade do Ensino a distância.
É necessária uma ampla mobilização dos estudantes, junto dos professores e dos trabalhadores em geral para impedir o retorno das aulas e impedir o genocídio da população, que é promovido pelo governo golpista desde o início da pandemia.
O país já está próximo de somar 140 mil mortos por covid-19 e o governo continua aprofundando seus ataques à população. A reabertura do comércio, das escolas e das atividades econômicas gerais, ainda no auge da pandemia, é um dos maiores ataques que os trabalhadores já enfrentaram nos últimos anos e deve ser combatido de forma enérgica. Somente os trabalhadores na rua podem impedir esses ataques, traçando uma verdadeira luta pelo Fora Bolsonaro, contra a volta às aulas e contra o ensino a distância.