O ministro da Economia, Paulo Guedes, e a presidente do Exim Bank (Banco de Exportação e Importação dos EUA), Kimberly Reed, assinaram nesta terça-feira (20) uma carta de intenções de financiamento de até R$1 bilhão em exportações norte-americanas para o Brasil. Mais cedo, o representante comercial dos EUA, Robert Lighthizer, havia manifestado a preocupação do governo Donald Trump com o fato da China ser o maior parceiro comercial do Brasil.
De acordo com o documento também estabelecerá compromissos de cooperação para a os setores de bens e serviços, com destaque para as áreas de telecomunicações e 5G, energia, logística, infraestrutura, mineração e manufaturas.
“Acreditamos que o acordo de colaboração econômica entre os Estados Unidos e o Brasil terá resultados promissores. O presidente Donald Trump está comprometido com a prosperidade econômica, segurança nacional e com o direito à liberdade”, disse cinicamente Kimberly Reed.
EUA x China
O governo norte-americano faz uma campanha mundial contra a China em meio à uma guerra comercial contra o país asiático. No caso do Brasil, o governo Donald Trump vem pressionando pela redução da dependência das importações e de investimentos chineses, além da não adoção da tecnologia 5G produzida pela Huawei.
Com o aprofundamento da crise capitalista, as tensões entre o imperialismo norte-americano e a China vêm se desenvolvendo rapidamente, levando os dois países a uma constante guerra comercial. Por isso, é de interesse dos EUA que a empresa chinesa seja banida e que a China perca o controle da região
A guerra comercial contra a China demonstra que o imperialismo não admite concorrência e procura manter o domínio sobre o mercado mundial. O fator fundamental é impedir que os chineses avancem sobre os mercados controlados pelos países imperialistas, como as áreas de internet e tecnologia.
Governo golpista faz demagogia sobre acordo
Na cerimônia de assinatura do memorando, no Itamaraty, em Brasília, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o Brasil está abrindo os horizontes de investimentos.
Bolsonaro disse ainda que espera comparecer à posse para o segundo mandato de Trump, caso ele seja reeleito, nas eleições que acontecem em novembro nos Estados Unidos. “Não interfiro, mas do coração e pelo respeito que tenho ao povo americano e pelo trabalho e consideração que Trump teve para conosco, [é] que manifesto dessa forma nesse momento”, disse o presidente ilegítimo puxando o saco de seu patrão igualmente fascista.