O Conselho de Direitos Humanos da ONU se reuniu nesta semana em Genebra (Suíça) para discutir crimes e violações. Dentre as diversas pautas polêmicas, o governo Bolsonaro mostrou seu caráter reacionário, religioso e moralista indo à favor do casamento forçado de menores de 18 anos. O governo do Egito sugeriu uma emenda que retira a ideia de “direito à saúde sexual e reprodutiva” do texto que a Holanda e mais de 70 países propuseram, e o governo brasileiro surpreendeu àqueles que desconhecem a política bolsonarista de extermínio de direitos da população, votando a favor da ideia proposta pelo Egito.
Se aliando às políticas de países ultraconservadores, o governo Bolsonaro mostrou que está a favor do casamento de menores quando novamente deu voto favorável à uma emenda que propunha que a discussão do casamento de menores fosse retirada do texto, pois deve ser responsabilidade dos pais e guardiões das meninas essa decisão. Segundo os conservadores, seria necessário respeitar o direitos dos pais, mas quem irá respeitar os direitos das jovens meninas forçadas a se casarem? A emenda não foi aprovada, mas serviu para que o mundo pudesse conhecer mais uma vez o caráter ultraconservador da política bolsonarista.
O casamento infantil rouba a infância de milhares de crianças todos os dias. Desde 2015 o número de casamentos ilegais de menores aumentou de 11,3 milhões para 11,5 milhões, os dados são alarmantes. Segundo o Fundo das Nações Unidas para infância, cerca de 20 mil meninas menores de idade se casam todos os dias no mundo, sendo que muitas delas têm pouco mais de 10 anos de idade. Essas jovens acabam engravidando, mesmo não tendo seus corpos completamente formados para receber uma gestação e muitas acabam morrendo no parto ou na chamada “lua de mel”, que é, na verdade, um estupro. Essas meninas passam a viver uma vida de completa privação, tendo que largar a escola para se dedicarem às tarefas de casa. Muitas delas sofrem violência sexual, mas não têm onde recorrer, já que a maioria desses casamentos têm apoio do Estado e da família.
Uma mistura de fatores rodeia essa prática, como cultura, religião e problemas financeiros que muitas famílias têm, tendo que sacrificar suas filhas a uma prática totalmente agressiva e ultraconservadora. A política bolsonarista apoia a destruição completa da infância quando vota favoravelmente a esse tipo de prática. Bolsonaro quer transformar o Brasil num país ultraconservador, que não respeita as mulheres e que joga as crianças numa realidade assassina.
É imprescindível que a população se una pelo Fora Bolsonaro e contra essas políticas que atropelam os direitos da população e assassinam jovens meninas todos os dias.
