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Coronavírus

Governo admite que vai morrer muita gente e não faz nada para evitar

A depender do governo golpista, os trabalhadores estarão condenados a pior das catástrofes ocorridas no País ao longo de sua história

Aumento de 445% no número de internações no Brasil por síndrome respiratória aguda grave (SRAG), inexistência absoluta de testes para detectar possíveis infectados, alto índice de contaminação entre os profissionais da saúde, ausência de política pública que permita o isolamento, ínfimo número de ventiladores mecânicos, falta de leitos hospitalares, falta de álcool gel, máscaras e luvas, essa é a realidade de norte a sul do País.

Na contrapartida, sepultamentos sem atestado de óbito, crescimento da demanda das funerárias em mais de 20% apenas em São Paulo, contratação de coveiros em muitos municípios do País. Apenas em São Paulo, 220 novos funcionários, alto índice de pessoas com doenças em decorrência da pobreza, pequenos cômodos que abrigam 4, 5, 6 pessoas de uma mesma família. Poderiam ser citadas muito mais mazelas do porque o coronavírus encontrou um campo fértil para se propagar no Brasil em uma velocidade vertiginosa, prenúncio de uma tragédia construída pelo golpe.

Os números do tamanho da tragédia variam de acordo com as projeções de diferentes epidemiologistas, até porque estão baseados na reação do governo de acordo com o nível de propagação da infecção. Em todo caso, na melhor das hipóteses, ou seja, aquela em que todas as recomendações foram atendidas pelos governos, pelo menos 44 mil brasileiros virão a óbito em decorrência do vírus. Em uma escala crescente de acordo com o momento e as políticas públicas que possam vir a ser adotadas, esses números escalam para 206 mil, 500 mil, podendo chegar até a mais de 1 milhão de mortos. Isso sem contar o número de casos graves que necessitarão de internação em unidades de terapia intensiva e do uso de ventiladores mecânicos. Para se ter um paralelo, a criminosa bomba de Hiroshima disparada pelo governo dos EUA contra o povo indefeso daquela cidade, teria matado entre 90 e 166 mil pessoas. Quer dizer, o coronavírus promete para o Brasil meia ou até 6 ou 11 hiroshimas.

Essa é a tragédia brasileira que em muito, em muito mesmo, foi agravada pelo golpe de 2016, com a destruição deliberada da economia nacional e do sucateamento de toda a infraestrutura da saúde pública.

Na sua versão bolsonarista, o golpe escalou a níveis gigantescos, mas não foi apenas Bolsonaro. O presidente  ilegítimo encontra seus pares em quase todos os estados da federação, governadores eleitos, assim como o fascista, pela fraude e manipulação propiciados pelo golpe de Estado.

A salvação “nacional” não está na extrema-direita representada pelo presidente e/ou no Centrão (PSDB, DEM, MDB, entre outros, tão ou mais golpistas do que Bolsonaro. Também não está na política da esquerda de conciliação nacional, no pedido “ingênuo” para que Bolsonaro renuncie.

Apenas a mobilização popular independente do estado burguês, responsável pelo caos do País, é que pode apresentar uma saída progressista para a profunda crise social, sanitária e humanitária que se avizinha no Brasil.

É justamente essa população esmagada pelo golpe de Estado que será a grande vítima da carnificina anunciada. 

É por isso que é uma obrigação da esquerda, da CUT, dos sindicatos, que se colocam no campo da defesa dos trabalhadores, estar à frente dessa mobilização. Do contrário, serão atores, mesmo que coadjuvantes, da política de massacre de milhares de explorados, vítimas do falido estado burguês. 

Essa mobilização deve estar baseada em um programa de luta que parta das necessidades fundamentais, que a situação exige. Entre outros pontos, extraímos do programa apresentado pelo Partido da Causa Operária os seguintes:

  • Aumento imediato das verbas para a saúde, aumentar o número de instalações e equipamentos;
  • Contratação imediata de todo o pessoal da saúde necessário para enfrentar a crise 
  • Aumento do número de leitos nos hospitais públicos 
  • Distribuição gratuita da máscaras, luvas e álcool e remédios 
  • Formação de conselhos populares de fiscalização do serviço de saúde
  • Estatização de todo o sistema de saúde 
  • Estatização dos laboratórios 
  • Estatização da produção de equipamento de saúde 
  • Construção de abrigos para os moradores de rua 
  • Aumento das vacinas disponíveis contra a gripe e abertura de mais postos de vacinação 
  • Proibição de cortes de luz e água 
  • Estabelecer sistema de testes em todos os lugar
  • Licença saúde paga para todos os afetados pela crise 
  • Redução da jornada de trabalho, sem redução dos salários, formação de turnos com pessoal reduzido 
  • Comitês de controle do abastecimento e especulação com gêneros de primeira necessidade 
  • Proibição da superlotação do transporte público
  • Soltar todos os presos provisórios, não perigosos, garantir condições de saúde adequadas 
  • Fazer todos os estabelecimentos funcionar em turnos
  • Nenhum dinheiro para os capitalistas, estatização das empresas falidas 
  • Nenhuma demissão, escala móvel de horas de trabalho 
  • Redução da semana de trabalho para 35 horas (7×5) 
  • Aumento dos valores do bolsa-família e extensão do plano para fazer frente às necessidades de saúde e da crise econômica
  • Fora Bolsonaro, Witzel, Dória, Ibaneis, etc.
  • Por um governo dos trabalhadores da cidade e do campo contra a ofensiva reacionária dos patrões e seus governos

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