Considerados por praticamente toda a esquerda nacional como os “heróis do povo”, os governadores golpistas agora já tomam as primeiras iniciativas para o retorno normal das aulas nas escolas estaduais, isto quando não há qualquer política de proteção, atendimento, por parte dos estados (como aumento do número de hospitais, UTIS, testes em massa, contratação de funcionários da saúde em larga em escala, fornecimento de EPI’s, etc) a não ser a política extremamente limitada de isolamento social.
Os “heróis do povo” querem que a juventude e os trabalhadores da educação sejam cobaias de teste, o que no final das contas irá resultar em uma catástofre completa, no aumento ainda maior no número de infectados e de mortos. Dois exemplo mais recentes deste é fato é o governador do Mato Grosso, Mauro Mendes do DEM. O governador instituiu um decreto onde determina o retorno das aulas já para o próximo dia 4 de maio.
De acordo com o decreto, se a ocupação dos leitos hospitalares exclusivos para o coronavírus for menor do que 60% na próxima semana, as aulas irão retornar normalmente no dia 4.
O estado já soma mais de 200 casos de contaminação por COVID-19. No Mato Grosso, como em outros estados do país, não qualquer política efetiva de combate a disseminação da doença.
Outro exemplo de planejamento do genocídio é do governador de Brasília, Ibaneis do MDB. Ele solicitou ao secretário de educação a elaboração de um plano, dentro de dez dias, para a reabertura das escolas no estado. O governo do Distrito federal afirmou que pretende retomar as aulas primeiro nos colégios civis-militares e depois nas escolas, a começar pelas turmas do ensino médio.
É preciso ter claro que esta é a política geral de toda a direita golpista,, de retomar a “normalidade”, lançando ainda mais milhares de trabalhadores à morte. É a política defendida pela burguesia nacional e internacional de salvar os seus lucros às custas da vida da população.
A esquerda, as organizações populares, os sindicatos precisam superar a paralisia e a política de frente ampla com os governos golpistas e impulsionar uma mobilização independente de toda a direita. É preciso apresentar um programa de luta vinculado às reivindicações populares e de toda a classe trabalhadora.