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Demagogia direitista

“Gestor”, termo da burguesia para encobrir a política da direita

Tal política serve aos interesses da burguesia e facilita a vida da direita, à medida em que contribui para disfarçar a luta de classes, cada vez mais intensa

Foto: Amanda Perobelli | Reuters

É histórico o interesse da direita na profunda despolitização da sociedade. Desde iniciativas como “escola sem partido”, passando por políticos “apartidários” como Sérgio Moro e demais golpistas operadores da Lava Jato, até as famosas manifestações “sem partido”, apenas para ficar nos exemplos mais recentes.

São inúmeras as campanhas desenvolvidas pela burguesia no sentido de promover um esvaziamento da política. Uma delas é a que defende que os governantes devem ser técnicos e não políticos: um conto do vigário que pega inclusive setores da própria esquerda.

Isto é feito para esconder a natureza de classe de todos os atos praticados pelos governos burgueses, em todas as esferas da administração pública. Quando a burguesia quer fazer algo muito negativo para a população, é sempre o argumento “técnico” que predomina. Se há uma privatização, o problema é a suposta ineficiência do serviço público, nunca os interesses de monopólios estrangeiros nas estatais. O bom planejamento das cidades passa pelo interesse das construtoras, assim como a política para a Saúde e Educação obedecem aos interesses de outros setores. Ou seja, é um problema de que classe será defendida por essa ou aquela gestão. As técnicas, a ciência, e as supostas boas intenções dos que dizem defender a saúde da população ou o meio ambiente estão sempre subordinadas a esses interesses primordiais.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), forneceu um exemplo deste fato.

“Científico” e “gestor” são alguns dos adjetivos utilizados para descrever um governo que está promovendo a retomada das atividades econômicas justamente quando São Paulo se aproxima do ápice do surto de contágios e mortes pela pandemia do coronavírus, que oficialmente, encerraram o mês de julho com 542.304 pessoas doentes, das quais quase 30 mil morreram.

Contrariando até mesmo o bom senso que advoga ter, Doria chegou ao absurdo de entregar hospitais públicos à iniciativa privada em meio à pandemia, além de sua PM ter promovido o mais violento semestre já registrado pelo governo do estado, cujas mortes provocadas pelas forças de repressão subiram mais de 20% em relação ao mesmo período de 2019, o que é muito significativo se lembrarmos que a polícia paulista é uma das mais letais do mundo.

Se alguém acreditou que Doria havia decretado a quarentena devido à preocupação com a saúde da população, seria necessário explicar por que a abertura quando  o Estado está no auge da pandemia.

Nesse sentido, ainda que de um jeito trágico para os trabalhadores, a condução de Doria ilustra perfeitamente bem que o cargo de governador nada tem de administrador, mas sim é essencialmente político. A questão sempre é qual a política que está efetivamente prevalecendo, a dos burgueses ou a dos trabalhadores.

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