Esta semana o governo golpista de Bolsonaro anunciou que o Ministério da Infraestrutura irá incluir mais 11 ativos federais, empresas públicas da área de transportes no na lista do chamado Programa de Parcerias de Investimentos (PPI).
Mesmo diante de uma das maiores crises do capitalismo mundial, agravado pela pandemia do coronavírus, o governo ilegítimo do Brasil quer se desfazer do patrimônio público nacional e manter as rodadas de licitações e desestatizações.
Os alvos dos golpistas vão desde áreas para arrendamento nos terminais dos Portos de Maceió (AL); Mucuripe em Fortaleza (CE); e em Areia Branca (RN); e dois terminais de combustíveis na área da Alemoa, no Porto de Santos (SP).
Com concessões por até 25 anos os sete terminais juntos receberiam apenas R$ 1,2 bilhão de investimentos. Pouco mais de R$ 171 milhões por área, valores irrisórios diante do volume de recursos internacionais que circulam nessas áreas. A entrega dos sete terminais portuários aconteceria já no segundo trimestre de 2021.
Como se não bastassem estas concessões que mais parecem uma entrega, o programa de desestatização prevê ainda a venda por leilão do importante Porto de Itajaí em Santa Catarina a partir de outubro de 2022.
As rodovias federais também estão na fila para a entrega aos capitalistas, é o caso da BR 135/316. O leilão marcado para 2022 deve entregar um trecho de 438 quilômetros e que é um importante modal para o escoamento da produção de grãos dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia e deve ir a leilão em 2022.
Além disso, os aeroportos de São Gonçalo do Amarante (RN) e de Viracopos, em Campinas (SP) receberão novas licitações para a concessão à iniciativa privada. Diante da crise no setor aéreo causada pela pandemia a tendência é de que as empresas que participem façam lances baixos e arrematem o patrimônio público por uma mixaria.
Basicamente este tipo de operação neoliberal, de desfazimento do patrimônio publico, acarreta no aumento dos custos de vida para a população em geral. No caso dos portos e das rodovias federais a privatização causa o aumento de taxas e pedágios encarecendo os produtos finais. Na aviação, o aumento dos valores das passagens aéreas e serviços de entrega será sentido imediatamente, diminuindo ainda mais o poder de compra dos cidadãos.
É preciso, portanto denunciar essa investida dos golpistas contra o patrimônio público nacional que pretende liquidar com a soberania do país tornando-o dependente de acordões empresariais controlados pelos países imperialistas e suas multinacionais que sugam economicamente nações em desenvolvimento para controlarem seu crescimento.