Da redação – Em mais uma ofensiva dos golpistas para controlar o judiciário boliviano, um juíz ordenou a detenção preventiva da vice-presidente do Tribunal Eleitoral de Cochabamba, Jacqueline Scarlet García, e membro do tribunal, Susy Fuentes, por conta das supostas irregularidades “detectadas” em uma auditoria realizada sobre as eleições gerais de 20 de outubro, que deram vitória para Evo Morales e políticos de seu partido, o Movimento al Socialismo (MAS).
As irregularidades, ou melhor, a “fraude” eleitoral foi o pretexto usado pela direita para dar o golpe de Estado e derrubar o governo de Morales e forçar a renúncia de outros políticos do MAS, intimidados pelos bandos fascistas que tomaram conta do país. Agora, a suposta fraude está sendo usada como forma de prender setores do judiciário para aumentar o controle da direita sobre as instituições – facilitando, desta forma, a política de chamar novas eleições controladas pela direita.
O fiscal geral do Estado, Juan Lanchipa, emitiu no domingo (10) um orientou a investigação dos representantes nacionais e setoriais do órgão eleitoral, por conta das “irregularidades” detectadas pela organização imperialista Organização dos Estados Americanos (OEA) nas eleições que deram vitória a Evo Morales.
O fiscal acrescentou que o Ministério Público tem ainda mandatos de apreensão para o resto dos membros do Tribunal Eleitoral de Cochabamba, Martín Montaño, Hugo Montero, Ever Cordero e Delfín Álvarez.
Aprofunda-se então o golpe de Estado na Bolívia, rumo ao controle total da direita sobre as instituições.