Atualmente, nas fronteiras agrícolas do Centro-Oeste, reside parte das lutas entre os indígenas e o agronegócio expansionista, que extermina comunidades que da terra tiram seu sustento.
Dentre os povos que sofrem com este avanço, estão os de etnia guarani-kaiwoá que vivem no sul do Mato Grosso do Sul. Das ações para reintegração de posse aos ataques de pistoleiros, do esgotamento da terra cultivável à negligência e abuso do poder público, tudo isso faz parte da rotina árdua dessas comunidades, que vivem no limite da sobrevivência e padecem das maiores taxas de suicídio do Mundo.
São estes povos que o capitalismo e sua imprensa golpista querem retratar como vadios, desocupados, ladrões, criminosos, traficantes e torturadores. Nesta quinta-feira (13), foi preso Leonardo de Souza (54 anos), uma das lideranças da comunidade Té-Yikue. Leonardo é acusado de comandar torturas de policiais e danificar viaturas durante a “invasão” de uma fazenda em 2016. A verdade é que, naquela data, não houve invasão indígena, mas um ataque de fazendeiros armados, motivados por uma reintegração de posse, matando o filho de Leonardo – Clodiodi Rodrigues de Souza – agente de saúde da comunidade.
Para garantir a prisão da liderança indígena, caso a versão de tortura a policiais não se sustente, a Força Nacional tratou de “apreender” (ou seja, implantar) meio quilo de maconha na casa de Leonardo.
Os indígenas estão entre os povos que mais sofrem no Brasil, por culpa do avanço do grande latifúndio agroexportador. Com a vitória de Bolsonaro, os ruralistas e suas milícias policiais vislumbram espaço maior para ocupar o interior brasileiro.
É preciso unificar as lutas de todos os setores oprimidos para derrotar o regime golpista!