A polícia civil do Rio de Janeiro realizou na manhã da última quinta-feira, 6, uma operação contra os diretores da escola de samba Grande Rio, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Onze mandados de busca e apreensão. O presidente de honra da escola, Antônio Jaider Soares da Silva, mais outras três pessoas, são apontados pela polícia como chefes de um esquema de jogos ilegais na região, além de supostamente atuarem em uma operação de lavagem de dinheiro.
Como vimos nos últimos anos no País, as operações policiais desse tipo, com o pretexto de combater a corrupção, na realidade constituem-se em uma verdadeira arma de perseguição política de determinados setores que estão no controle do poder do estado contra aqueles que são considerados seus inimigos. Isso é muito claro, por exemplo, na perseguição contra a esquerda, contra as principais lideranças petistas.
A direita golpista, que historicamente é caracterizada pela enorme corrupção, pelo ataque às condições de vida do povo pobre, está utilizando o combate a corrupção para perseguir que opõem uma determinada resistência ao seu projeto de classe burguesa, como é o caso de José Dirceu e do ex-presidente Lula.
A operação da policia civil contra uma escola de samba tradicional do Rio de Janeiro também se insere nesse contexto. O avanço do golpe de estado, da extrema-direita golpista e sua política reacionária, abre caminho para um ataque generalizado contra o povo e todas as suas manifestações, como é o caso do carnaval.
A direita golpista de conjunto é inimiga declarada da cultura popular. O próximo presidente ilegitimo e golpista Jair Bolsonaro extinguiu o Ministério da Cultura, após a derrubada da presidenta Dilma, os golpistas partiram para uma ofensiva contra as manifestações culturais, um caso emblemático foi o incêndio criminoso do Museu Nacional no Rio de Janeiro, em meados desse ano.
A prisão dos diretores da Grande Rio é mais um ataque da direita contra a cultura do povo, o carnaval. Esse e os outros ataques demonstram que os golpistas pretendem acabar com não só com os direitos, mas também com todas as manifestações culturais populares. Contra essa ofensiva é necessário mobilizar a população por meio dos comitês de luta contra o golpe. Levantar o Fora Bolsonaro e todos os golpistas!